Há uma porta que separa o balcão de atendimento ao público do espaço que guarda o maior segredo do Pão Quente da Vila: a zona onde estão instalados os fornos e onde todos os produtos vendidos são confecionados. É ali que Afonso Costa passa grande parte dos seus dias. O proprietário do estabelecimento, hoje com 54 anos, é o motor de um projeto que abraçou há mais de um quarto de século. Natural de Carvalhal de Turquel, um dos lugares da freguesia, não tem mãos a medir para responder a todas as encomendas.
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Se, da ‘tal’ porta para fora,há um espaço amplo e extremamente atrativo que serve de café – tanto no interior, como na esplanada -, da ‘tal’ porta para dentro – onde nos encontramos no momento em que concebemos esta reportagem – há um conjunto de maquinarias que são o suporte de todas as iguarias produzidas. Porque, afinal, nos balcões do café há vários tipos de pão e bolos, que além de darem um toque de requinte ao espaço estão mesmo a pedir… uma ‘trinca’. E garante quem é cliente da casa que a qualidade é suprema. Quisemos, pois, perceber, a que se deve, afinal, a dita qualidade dos produtos confecionados no Pão Quente da Vila. Pela voz do obreiro surge a resposta.
“O fabrico próprio é mesmo fator decisivo para a qualidade do nosso pão e dos nossos bolos. A isso temos também de juntar a qualidade dos produtos que utilizamos na confeção, naturalmente”, começa por explicar o padeiro/pasteleiro.
Enquanto abre a porta de um dos fornos para tirar mais uma ‘empreitada’ de pães, Afonso Costa já está a receber das mãos de uma funcionária um papel com mais uma encomenda. “É uma pizza”, conta, no momento em que começa a preparar os ingredientes para a sua feitura. Sim, porque falámos no pão e nos bolos, mas não podemos esquecer as pizzas. Também neste caso a oferta é bastante diversificada, bastando aos clientes escolherem a que mais gostam.
“É outra das especialidades da nossa casa e que, felizmente, tem uma enorme saída. Também as pizzas têm como grande segredo o fabrico próprio, é tudo confecionado aqui, e as pessoas sabem o que estão a comer. No fundo, há uma confiança total nos nossos produtos e isso é sagrado para nós”, explica o proprietário.
Com o espaço aberto há 26 anos, Afonso Costa tem noção de que “as pessoas da freguesia são clientes diários”, mas o empresário também ressalva o facto de haver “muitas pessoas de outras freguesias do concelho e até de outros distritos” que, sempre que ali passam, param no Pão Quente da Vila.
“Como em qualquer negócio, há momentos melhores e outros menos bons, mas julgo que podemos dizer que este espaço tem a sua marca identiária bem vincada por direito próprio” reforça Afonso Costa.
Mas se há pão, bolos e pizzas, também há… ‘diárias’. Afinal, no Pão Quente Vila também pode degustar, todos os dias, ao almoço e ao jantar, várias sopas e pratos principais que, sendo vendidos a um preço ‘simpático’, facilitam muitas vezes a vida de quem tem um quotidiano laboral mais preenchido e que pode aproveitar para aconchegar o estômago.