A Meia Maratona Internacional da Nazaré tornou-se num palco de várias conquistas. Assim tem sido há meio século. Entre aqueles que correram para subir ao topo do pódio nas mais diversas categorias, houve também quem corresse por conquistas pessoais. Desde os obstáculos superados em prol de um estilo de vida mais saudável, até aqueles que se propuseram a estabelecer e superar novas marcas pessoais, mas também às conquistas familiares.
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Foi o caso, entre tantos outros que foram atravessando as ruas principais da vila, do nazareno Hugo Trindade, que correu a 49.ª edição da Meia Maratona ao lado do filho Guilherme Trindade, num momento carregado de simbolismo. Não só pela vertente desportiva, mas por ter sido em casa e na companhia, por certo, de uma das pessoas mais importantes da sua vida. “Já não é a primeira vez que corremos juntos, a primeira foi no verão e também na Nazaré, mas desta vez fui eu que o acompanhei”, explicou o pai ao REGIÃO DE CISTER, descrevendo a prova com dois sentimentos: “leveza”, por correr lado a lado com o filho, e “preocupação”, para que tudo corresse da melhor forma.
Sobre o impacto desta maratona a dois, o progenitor, “filho da terra”, sublinhou o “testemunho” que pretende transmitir ao filho, o que tem vindo a revelar-se um sucesso. “Ele já tem forte aptidão para a modalidade e já quer dedicar-se às provas de 10 quilómetros”, contextualizou, recordando que Guilherme competiu até há bem pouco tempo pelo Clube de Atletismo da Nazaré. “Correr em casa é um ótimo incentivo”, disse também Hugo Trindade, que se classificou na 271.ª posição, precisamente atrás do filho. Ou não fosse pai e colocasse sempre o descendente em primeiro lugar.
No que à competição diz respeito, Bruno Lourenço (GDF Running) voltou a ser o mais rápido na 49.ª edição da Meia Maratona da Nazaré, considerada a “mãe das meias-maratonas” e o CPT Sobral de Ceira conquistou o pódio coletivo. Na prova de 10 quilómetros, Rémi Olliveaux foi o primeiro a cortar a meta.
Na classificação coletiva, destaque ainda para o 2.º lugar obtido pelo Clube de Atletismo da Nazaré, assim como para os pódios conquistados por atletas da região nas diferentes categorias. Catarina Serrazina (CRP Ribafria), por exemplo, ganhou o escalão F35.
Ao REGIÃO DE CISTER, a organização, a cargo da Meia Maratona Internacional da Nazaré – Associação de Cultura e Desporto, mostrou-se bastante satisfeita com a adesão. “Contámos com cerca de 2 mil participantes, o que representa uma subida ligeira em relação ao ano anterior, provenientes de 18 nacionalidades distintas”, explicou Ana Pouseiro, frisando que os participantes eram provenientes não só do continente europeu, como também dos continentes americano, africano e da Oceânia.
“Quem corre a Meia Maratona Internacional da Nazaré fá-lo porque se sente acarinhado, uma vez que não existem prémios monetários”, destacou também a dirigente, sublinhando que o rescaldo foi bastante positivo. “Tudo fizemos para que tudo corresse da melhor maneira possível e para que nada falhasse”, enfatizou também, certa de que a adesão reforça o lugar da Nazaré enquanto destino de turismo de atletismo.
“Há quem venha apenas pela oportunidade de correr na vila, quem venha com objetivos traçados ou quem venha para preparar a participação noutras maratonas”, referiu também a dirigente, mostrando-se novamente bastante agradada com a forma como decorreu o emblemático evento. Evento que, além da componente desportiva, desempenha também um papel importante numa comunidade que se pretende mais ativa e saudável. E se for em família, à escala mundial no caso, tanto melhor.


