O aluguer do Mosteiro de Alcobaça para eventos está a levantar alguma celeuma, tendo sido já cancelado um pedido para a realização de um casamento, após exigências feitas pela Direção Geral do Património Cultural (DGPC).
O aluguer do Mosteiro de Alcobaça para eventos está a levantar alguma celeuma, tendo sido já cancelado um pedido para a realização de um casamento, após exigências feitas pela Direção Geral do Património Cultural (DGPC).
“A lei é omissa, porque tudo no espaço alugado tem de ser adaptado, tendo em conta as características do monumento Património da Humanidade“, afirmou Jorge Pereira de Sampaio, diretor do Mosteiro de Alcobaça. Confirmando a não realização de um banquete e baile de casamento, o dirigente explica que “não houve autorização para o aluguer do espaço de baile nem no refeitório, nem nos dois claustros menores. Foi apenas autorizada a montagem da tenda para esse fim no Claustro do Rachadouro, mas que, por sua vez, não tem estrutura para casas de banho”, justificou Jorge Pereira de Sampaio. Os noivos optaram, então, por outra solução fora do monumento.
O diretor do Mosteiro salienta, ainda, que “os banquetes a ter lugar no Mosteiro terão de ser realizados fora do horário de funcionamento do monumento”, por forma a evitar a “perturbação dos visitantes com a montagem dos espaços”.
A tabela publicada estabelece, dentro dos 23 monumentos autorizados para tal, preços para o aluguer de cada um dos espaços. No caso de um casamento no Mosteiro o custo pode ascender a milhares de euros.
Desde o dia 1 de julho que o Mosteiro pode ser alugado para jantares, cocktails, eventos culturais, sociais e académicos, filmagens para televisão e cinema, através de um despacho conjunto dos gabinetes dos secretários de Estado da Cultura e Adjunto e do Orçamento.
Sobre a procura do espaço para este tipo de aluguer, Jorge Pereira de Sampaio admite que tem “efetivamente” havido procura, mas “os pedidos acabaram por não se concretizar, por coincidirem, desde logo, com o horário de funcionamento do Mosteiro”.