O segundo comandante do Centro Distrital de Operações de Socorro (CDOS) de Leiria, Mário Cerol, é o primeiro arguido conhecido da investigação aos incêndios de Pedrógão Grande, que causaram pelo menos 66 mortos.
O segundo comandante do Centro Distrital de Operações de Socorro (CDOS) de Leiria, Mário Cerol, é o primeiro arguido conhecido da investigação aos incêndios de Pedrógão Grande, que causaram pelo menos 64 mortos.
O alcobacense foi ouvido pelo Ministério Público a 5 de dezembro, sendo constituído arguido na investigação. “Não posso, nem devo falar mais sobre o assunto”, afirmou Mário Cerol ao Diário de Leiria, adiantando que, “para já”, não está a ter apoio jurídico por parte da Autoridade Nacional de Protecção Civil (ANPC). À TVI, o segundo comandante do CDOS de Leiria diz estar de “consciência tranquila”. O REGIÃO DE CISTER tentou ouvir Mário Cerol, mas até à data ainda não foi possível.
Uma vez que o primeiro comandante do CDOS de Leiria, Sérgio Gomes, estava hospitalizado, Mário Cerol foi o primeiro elemento da estrutura de comando da ANPC a assumir o comando das operações no terreno, logo a seguir ao comandante de bombeiros de Pedrógão, e até ser substituído pelo segundo comandante nacional, Albino Tavares, às 22 horas.
Também o comandante dos Bombeiros de Pedrógão Grande, Augusto Arnault, vai ser ouvido esta terça-feira pelo Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) de Leiria, na condição de arguido. Haverá, pelo menos, três arguidos na investigação. Em causa estará o crime de homicídio por negligência.
Mário Cerol foi nomeado em fevereiro deste ano como segundo comandante do CDOS de Leiria para substituir Luís Lopes, deixando o cargo de comandante dos Bombeiros de Alcobaça.