Um grupo de duas dezenas de pessoas está a proceder a limpezas no Rio Alcôa, aos sábados, desde o início do mês de julho. Os voluntários já conseguiram carregar dezenas de camiões com o lixo recolhido junto à nascente, em Chiqueda.
Um grupo de duas dezenas de pessoas está a proceder a limpezas no Rio Alcôa, aos sábados, desde o início do mês de julho. Os voluntários já conseguiram carregar dezenas de camiões com o lixo recolhido junto à nascente, em Chiqueda.
“Numa primeira fase limpámos a zona junto à ponte da Chiqueda de Baixo. Depois viemos até ao moinho do canal e agora estamos junto à nascente“, explicou José António Correia, um dos voluntários que tem participado na iniciativa. A ideia partiu de vários populares, na sua maioria com terrenos confluentes ao rio, mas já angariou voluntários de todo o concelho e até já contou com a ajuda de um japonês, a passar férias em Chiqueda. “Conseguimos mobilizar um grupo com cerca de 20 pessoas, que quer ver o rio mais bonito e prazível“, adianta Rui Bento, também voluntário do grupo.
“As entidades públicas não tomam conta dos rios e a situação chegou a estes extremos, em que não se via ponta de água a correr“, contestou Fernando Barros, outro dos participantes, criticando “a falta de cuidados de saúde pública no local”. “Quando as moagens trabalhavam estava sempre tudo limpo e arranjado, desde há 40 anos que esta parte do rio tem sido deixada ao abandono”, lamenta José António Correia, também proprietário de um dos dois moinhos recuperados recentemente. “Queremos recuperar a beleza natural deste espaço e, ao mesmo tempo, alertar os responsáveis dos problemas que existem”, reforça Fernando Barros. A Junta de Aljubarrota também deu o seu apoio na iniciativa, mas o grupo apela a uma maior sensibilização para o problema.