Apesar das vozes contra, nomeadamente da historiadora Ana Margarida Martinho, a ameaça de demolição da Ermida do Carrascal, na freguesia de Aljubarrota, continua a ser uma realidade.
Apesar das vozes contra, nomeadamente da historiadora Ana Margarida Martinho, a ameaça de demolição da Ermida do Carrascal, na freguesia de Aljubarrota, continua a ser uma realidade.
A maioria da população mantém a intenção de avançar com a construção de um novo templo, sacrificando o atual, datado do século XIX.
Chegou-se à conclusão, após reunião em dezembro do passado ano, que a Ermida de São Pedro, seria demolida. Decisão que levantou, rapidamente, polémica: “A Ermida constitui o único elemento edificado que testemunha a antiguidade da povoação do Carrascal. Este edifício religioso, integrante do território cisterciense, deverá ser preservado”, alertou Ana Margarida Martinho, técnica superior do Mosteiro de Santa Maria de Alcobaça.
Opinião diferente tem Rui Rasquilho. “A Igreja e o coreto só porque são antigos não guardam qualquer atributo. O povo percebeu bem que a sobrevivência do acervo depende da execução de um projeto planificado no espaço disponível que garanta a herança material e imaterial da aldeia”, referiu o historiador.
O presidente da Junta de Aljubarrota refere que o processo aguarda pareceres e autorizações da câmara e da diocese. “Nada está decidido”, assegura José Lourenço, adiantando que a falta de condições para o culto e o “fraco valor” patrimonial são os argumentos apresentados por quem defende a demolição.
Segundo o autarca, “são apenas quatro paredes em pé e que não significam nada para a população. O templo está em péssimo estado e chove no seu interior”.
Será demolida ou não a Ermida do Carrascal? A resposta a esta pergunta continua por definir…