Mais de uma centena de suinicultores concentraram-se na Benedita, esta terça-feira, de onde partiram para a empresa Carnes Nobre, em Rio Maior. Os produtores queixam-se da preferência dada à carne espanhola e da quebra de escoamento do produto nacional.
Mais de uma centena de suinicultores concentraram-se na Benedita, esta terça-feira, de onde partiram para a empresa Carnes Nobre, em Rio Maior. Os produtores queixam-se da preferência dada à carne espanhola e da quebra de escoamento do produto nacional.
“Portugal mantém-se como um país importador. A indústria continua a colocar no mercado produto que não é nacional”, considerou João Correia, porta-voz do grupo, que se intitula “Gabinete de Crise de Suinicultura Portuguesa”, considerando a situação “um logro em torno da marca Portugal”.
Por outro lado, “Espanha fecha contrato com o México e nós continuamos a olhar para o lado. Há cerca de um ano esteve uma missão mexicana em Portugal para tentar negociar carne para o México e o Governo continua a ser inoperacional com os produtores nacionais. Por essas razões entendemos que devemos desmitificar mais uma marca, que utiliza o nome de Portugal para vender os seus produtos com 95% de carne espanhola”, adiantou João Correia,
A ação de protesto foi marcada na Benedita por ser uma “zona de forte concentração de suinicultores e de pessoas ligadas à suinicultura, direta e indiretamente”, explicou o suinicultor. Para João Correia é também “uma zona central, podendo evitar as desculpas que é longe para deslocações”.
Os últimos dados do Gabinete de Crise apontam para um declínio de 30% da produção nacional, apenas no último mês. Os protestos dos suinicultores começaram a 5 de dezembro mas, confirmam os próprios, com poucos resultados até à data.