Sábado, Julho 12, 2025
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“Final da Taça é um marco para o concelho de Alcobaça”

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O presidente do Beneditense não dava uma entrevista “há mais de dez anos” e escolheu precisamente um dos melhores momentos da história recente do emblema para falar ao REGIÃO DE CISTER sobre os objetivos e os desafios de gestão do clube. 

O presidente do Beneditense não dava uma entrevista “há mais de dez anos” e escolheu precisamente um dos melhores momentos da história recente do emblema para falar ao REGIÃO DE CISTER sobre os objetivos e os desafios de gestão do clube. 

REGIÃO DE CISTER (RC) > O Beneditense foi uma das equipas sensação desta temporada da Divisão de Honra distrital. A que se deve este feito?

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Luís Lopes (LL) > Quando cheguei à Direção do Beneditense, em 2001/02 na equipa do então presidente Sérgio Inácio, a primeira proposta que apresentámos foi acabar com o futebol sénior porque não havia condições para sustentar essa equipa e a aposta seria as camadas jovens. A proposta não se concretizou, mas a aposta na formação manteve-se e o sucesso deste ano deve-se a essa aposta: temos um plantel de 24 atletas, dos quais 16 foram formados no clube. E no futuro vamos continuar a apostar nas camadas jovens, porque como todos sabem não há milagres e não há maneira de conseguir suportar estes “barcos” só pela carolice.

RC > Mas o que mudou em relação à temporada passada, na qual o Beneditense chegou a estar abaixo da “linha de água”?

LL > As coisas não estavam fáceis a meio da época passada. Depois quando houve substituição de treinadores [Leandro Santos ocupou o lugar deixado vago por Dário Catarino] parece que houve uma diferença no balneário. Os atletas continuaram os mesmos, mas as coisas correram bem, em três ou quatro jornadas garantimos a manutenção e este ano é continuação do trabalho do nosso “míster” que, quanto a mim, tem feito um excelente trabalho em colaboração com os atletas e entendo que estão a trabalhar bem. Os atletas estão muito motivados e fazem muitos esforços para poder cumprir os objetivos.

RC > A chegada à final da Taça é a recompensa dessa aposta na formação ao longo dos últimos anos…

LL > A final frente ao Ginásio é boa para o concelho. É sinal que os clubes estão no caminho certo. Temos de andar unidos, de mãos dadas e não de costas voltadas. Sempre que há um jogo entre as duas equipas fala-se em rivais e penso que isso devia acabar, temos de ver os clubes como parceiros e não como rivais. É lógico que nos 90 minutos de jogo, as duas equipas querem ganhar e só uma o pode fazer, mas a partir daí não pode haver rivalidades porque isso não será bom nem para o Ginásio nem para o Beneditense. Tenho falado com José Mateus Ferreira [presidente do Ginásio] e apercebo-me que as coisas estão a mudar e isso só pode ser benéfico: nada de guerras, de rivalidades mas sim estarmos de braços dados.

RC > Mas não esconde que a conquista da Taça é o objetivo…

LL > É lógico que não escondo. É como disse: dentro de campo todos querem ganhar. Eu tenho 51 anos e não me lembro de ter havido uma final da Taça entre Beneditense e Ginásio, isso é um marco, e é lógico que vamos a jogo para ganhar. É um jogo, uma final, e só pode ganhar um e depois darei os parabéns a quem a ganhar, mas é lógico que como presidente do Beneditense gostava de ganhar a Taça, não escondo e nem há maneira de dar a volta a isso. Nós queremos ganhar!

RC > O clube tem vindo a investir nas infraestruturas. Esta é uma política para manter na sua Direção?

LL > Até aqui temos conseguido continuar a investir para manter a nossa casa mais ou menos em condições para que os atletas e os familiares se sintam bem dentro destas quatro paredes. Não paramos de investir nas nossas instalações. E isto com o apoio da Câmara de Alcobaça, que também já colaborou muito mais, mas isso deve-se às condições financeiras da autarquia. Temos de pensar que amanhã é outro dia e que as coisas vão correr melhor. Também não podemos ficar sempre a pensar e nunca avançar senão daqui a vinte anos ainda vamos estar a dizer que as coisas estão mal. As associações têm de pensar por elas próprias e têm de ter alguma maneira de conseguir suportar as despesas e não estar a pensar que têm de ser as Câmaras e as Juntas a fazer e a pagar tudo.

RC > Esse investimento tem em vista dar condições às camadas jovens para, nomeadamente, conseguirem apuramentos para os campeonatos nacionais?

LL > Nós temos essa intenção, mas estamos numa freguesia que tem muitos atletas de várias modalidades e, neste momento, no distrito de Leiria o futsal pode estar a tapar alguns caminhos ao futebol. Os jovens estão a ir muito para o futsal e na freguesia há muitos valores no futsal. Podia arranjar-se uma maneira de aproveitar os valores sem prejudicar nenhuma modalidade. Não é fácil subir aos campeonatos nacionais, mas trabalhamos para isso. Só uma das nossas equipas é que não está na Divisão Honra distrital [equipa do escalão de juvenis]. Tentámos este ano que a equipa subisse de escalão, mas não conseguimos. Não é fácil subir aos nacionais mas estamos cá para tentar esses objetivos, não andamos cá por andar. Estamos cá para tentar ganhar e subir, se conseguirmos muito bem, se não vamos continuar a trabalhar para tentar atingir os objetivos.

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