Sábado, Abril 27, 2024
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Concessão das barracas passa de geração em geração

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A Nazaré é uma terra de tradições e costumes muito próprios. A peculiaridade da vila e das suas gentes atrai muitos visitantes. Mas uma das tradições que, talvez, seja mais marcante é uma que, por vezes, passa de bisavós, para avós, pais, filhos e netos.

A Nazaré é uma terra de tradições e costumes muito próprios. A peculiaridade da vila e das suas gentes atrai muitos visitantes. Mas uma das tradições que, talvez, seja mais marcante é uma que, por vezes, passa de bisavós, para avós, pais, filhos e netos. É o caso de Conceição Batista, que gere uma fileira de barracas que era da bisavó, passou pela avó e foi diretamente para a neta.

Muito perto estão as barracas de Irene Espanhol. “Já somos velhas, praticamente nascemos aqui”, brinca a concessionária de 71 anos. Ambas herdaram o legado da família e, com mais ou menos esforço, vão mantendo a tradição, ano após ano. O caso de Silvino Anastácio é diferente, pois ajuda, “há vários anos”, no negócio que a mulher herdou dos avós. A tradição de manter as barracas “em família” é tão forte que os banheiros não estão autorizados a vender as concessões, apenas podem deixá-las em “testamento”.

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Nenhum destes três concessionários parece querer desistir da concessão. Mas a “idade não perdoa” e já encetam esforços para garantir a continuidade. Durante a recolha dos depoimentos, o REGIÃO DE CiSTER assistiu a um desses esforços. Ana Cristina, sobrinha de Irene Espanhol, fazia o seu “batismo” a “vestir barracas”.

A primeira vez “não correu muito bem”, mas não vai desistir, garante. Por sua vez, Silvino Anastácio ainda não conseguiu ocupar a vaga que terá de ser preenchida no futuro. É que o concessionário tem dois filhos, um emigrado que “não vem de certeza” gerir a concessão e outro em Portugal que também “tem a vida dele”.

Apesar disso, vai continuar a alugar as suas barracas e até já contratou um ajudante para “conseguir dar conta do recado”. A motivação para levar avante o legado da família da mulher vem, também, da boa relação entre concessionários, associação de banheiros, capitania e Câmara. De facto, o nazareno acredita que a praia “está em boas condições” devido às ações reposição de areia no mar, desenvolvidas pela autarquia ao longo de várias semanas.

O negócio “tem vindo a piorar”, lamenta Conceição Batista. “Os jovens já não alugam barracas” e a malfadada “crise” tirou rendimentos “às famílias”. Ainda assim, os três, aliados aos restantes 28 “sócios”, vão lutando para manter a nazaré no mapa do turismo de praia a nível internacional.

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