Terça-feira, Abril 23, 2024
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Os nossos olímpicos no Rio

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O beneditense João Silva é uma das esperanças nacionais nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, mas antes de se tornar num dos melhores triatletas portugueses de sempre dava nas vistas como futebolista. Já o nazareno Ricardo Esgaio teve um percurso mais “comum”: iniciou-se no futebol no Nazarenos e transferiu-se para o Sporting aos 12 anos, tendo vestido a camisola das quinas em mais de centena e meia de ocasiões. Eis o retrato “a la minuta” dos nossos dois atletas olímpicos.

O beneditense João Silva é uma das esperanças nacionais nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, mas antes de se tornar num dos melhores triatletas portugueses de sempre dava nas vistas como futebolista. Já o nazareno Ricardo Esgaio teve um percurso mais “comum”: iniciou-se no futebol no Nazarenos e transferiu-se para o Sporting aos 12 anos, tendo vestido a camisola das quinas em mais de centena e meia de ocasiões. Eis o retrato “à la minuta” dos nossos dois atletas olímpicos.

Comecemos pelo mais experiente nestas andanças. Em 2012, João Silva foi 9.º classificado nos Jogos de Londres, naquela que foi a melhor classificação de sempre de um triatleta luso na prova masculina. Teve direito a diploma e a mais um ponto alto de uma carreira repleta de vitórias e registos inéditos. Basta recordar que o beneditense se tornou no primeiro homem português a vencer uma etapa do Mundial de Triatlo, em Yokohama, no Japão, em 2011. E que foi três (!) vezes campeão da Europa de sub-23: em 2008, 2010 e 2011.

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Há um ano, obteve a medalha de prata nos Jogos Europeus de Baku, numa espécie de ensaio geral para a participação nas Olimpíadas do Brasil, que está agendada para o dia 18 de agosto, com partida e chegada no Forte de Copacabana. No Brasil, João Silva fará “equipa” com João Pereira e Miguel Arraiolos. O triatleta do Benfica, que representou Belenenses e Sporting ao longo da carreira, parte com legítimas aspirações de lutar pelas medalhas no Rio, embora tenha terminado em 20.º lugar no ranking do apuramento olímpico.

Curiosamente, o antigo campeão da Europa de triatlo de sub-23 começou a praticar desporto nas camadas jovens de formação do Beneditense, até ser descoberto em 2005, em Rio Maior, numa ação de deteção de talentos da Federação de Triatlo de Portugal. A partir daí, nunca mais deixou de praticar corrida, natação e ciclismo, as três vertentes que compõem o triatlo e que fazem desta uma das modalidades mais duras de praticar. Em 2013, mudou de treinador, apostando no neo-zelandês Joel Filliol, e passou a viver boa parte do ano naquele país do outro lado do mundo.

Ao invés, o trajeto de Ricardo Esgaio foi menos sinuoso. Como tantos outros nazarenos, deu os primeiros pontapés numa bola no areal da Nazaré, antes de começar a jogar mais a sério no Nazarenos. Aos 12 anos, depois de quatro anos nos alvinegros, o Sporting garantiu o concurso de um jovem de elevado potencial, que terminou a formação na Academia de Alcochete e foi presença assídua nas seleções nacionais jovens: foi internacional sub-16, sub-17, sub-18, sub-19, sub-20, sub-21 e sub-23, marcando 17 golos nos 156 jogos por Portugal.

Foi a grande referência da equipa B do Sporting durante várias temporadas e estreou-se pela equipa principal em dezembro de 2012, num jogo da Liga Europa, em Alvalade, diante do Videoton (2-1). Sem espaço na equipa principal dos leões, foi cedido à Académica em 2014/15, tendo voltado na época passada a Alvalade para integrar os eleitos de Jorge Jesus. Esgaio ainda procura o seu espaço na equipa leonina mas, recentemente, renovou contrato com o Sporting até 2022, com uma cláusula de rescisão de 45 milhões de euros.

O lateral ou extremo-direito é um dos 18 eleitos de Rui Jorge para representar Portugal no torneio olímpico de futebol, prova que arranca já na próxima quarta-feira, dois dias antes do início oficial dos Jogos do Rio, que decorrem entre os dias 5 e 21 de agosto. Apesar de ter muitas ausências, a Seleção Nacional olímpica vai tentar conquistar uma medalha, objetivo que ficou perto de ser alcançado em 1996, em Atlanta (Estados Unidos), quando o mesmo Rui Jorge jogou ao lado do nazareno Emílio Peixe. Será desta?

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