Portugal é um dos oito países que colocaram três triatletas nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro e João Silva o “repetente” entre os portugueses. Depois do 9.º lugar em Londres, que lhe valeu o diploma olímpico, o antigo bicampeão europeu de sub-23 ambiciona lutar pelo topo da classificação na prova que esta quinta-feira decorre na praia de Copacabana, mas nota que o triatlo é uma modalidade é tão imprevisível que é difícil fazer previsões.
Portugal é um dos oito países que colocaram três triatletas nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro e João Silva o “repetente” entre os portugueses. Depois do 9.º lugar em Londres, que lhe valeu o diploma olímpico, o antigo bicampeão europeu de sub-23 ambiciona lutar pelo topo da classificação na prova que esta quinta-feira decorre na praia de Copacabana, mas nota que o triatlo é uma modalidade é tão imprevisível que é difícil fazer previsões.
A comitiva lusa, que partiu para o Brasil na passada segunda-feira, reuniu-se na semana passada em Óbidos, com João Silva, que se preparou na Suíça e em Rio Maior, a juntar-se a João Pereira e Miguel Arraiolos, que estiveram seis semanas em estágio nos Pirenéus, em França.
O triatleta do Benfica, que se tornou no primeiro português a vencer uma etapa do circuito mundial, assegura que a preparação para os Jogos do Rio “foi a melhor possível”. “Fizemos tudo o que havia a fazer, agora é tentar não fazer disparates”, graceja João Silva, o mais jovem e experiente dos triatletas nacionais que participam nos Jogos, que não fala de medalhas. “Espero dar o meu melhor, mas esta é uma modalidade tão volátil que não permite fazer previsões. Estamos dependentes de muita coisa que pode correr mal, nomeadamente as transições. Além disso, o meu melhor pode não ser suficiente para o melhor dos outros”, frisa o antigo jogador do Beneditense, que se iniciou na prática desportiva no futebol e entrou no triatlo após uma ação de deteção de talentos em Rio Maior.
Aos 27 anos, João Silva vai participar pela segunda vez em Olimpíadas, o que o deixa mais confortável na abordagem à competição. “Neste ciclo olímpico evoluí bastante, melhorei sobretudo no que diz respeito à prevenção de lesões e essa consistência tem sido bastante importante”, diz o beneditense, que optou por viver durante alguns meses do ano na Nova Zelândia e não se arrepende da decisão: “Para o triatlo é importante estar num verão constante e essa opção permitiu-me crescer bastante”.
Outra vantagem de João Silva, e também dos compatriotas João Pereira e Miguel Arraiolos, é o facto de o beneditense já conhecer o percurso da prova de hoje. No ano passado, os três portugueses participaram no evento de teste e João Silva, que terminou no 9.º lugar, gostou do que viu. “Tive boas sensações no Brasil e sei que as condições climatéricas serão semelhantes nos Jogos. Estamos no inverno, mas ainda assim vamos ter o dia mais quente da semana, mas creio que não teremos problemas de adaptação ao clima”, frisa o melhor triatleta português de sempre, que aplaude a “grande evolução” da modalidade no nosso País.
“A Vanessa Fernandes [medalha de prata nos Jogos de 2008, em Pequim] foi a grande responsável pelo desenvolvimento do triatlo, aliado ao trabalho consistente da federação e dos clubes. Quando comecei a fazer triatlo as pessoas confundiam o triatlo com o… teatro (risos). Hoje em dia, isso já não acontece. Os portugueses já têm um conhecimento mais geral sobre a modalidade”, remata João Silva, que pode ajudar ainda mais ao impacto mediático se conquistar uma medalha no Rio. Na Benedita, haverá muitos apoiantes a seguir a prova, a partir das 15 horas, na Praça Damasceno de Campos.