Domingo, Outubro 19, 2025
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Associação de Alfeizerão acolhe quem mais precisa

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A associação Novo Sentido, de Alfeizerão, foi criada há três anos com o objetivo de reintegrar pessoas na sociedade. Atualmente ajuda dez pessoas com dificuldades económicas e sociais.

A vida de Inácio Carvalho, natural de Lamego, ganhou um “novo rumo” há três anos quando se juntou à Novo Sentido, associação que trabalha na reinserção de pessoas através do trabalho. A associação criou um espaço à saída de Alfeizerão, no passado mês de junho, e ajuda atualmente dez pessoas, com o objetivo de as reintegrar na comunidade.

A ideia de criar a associação partiu de Isabel Luiz, que tinha o sonho de terminar a carreira profissional num projeto de ação social. A empresária já detinha um armazém de móveis usados em Óbidos e decidiu redirecionar o negócio para “ajudar os outros”. Foi assim que nasceu a Novo Sentido e, passados três anos, o espaço da associação em Óbidos tornou-se pequeno, motivando a abertura de uma nova loja, com muito mais espaço, em Alfeizerão.

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É nas instalações do antigo stand “Mil Milhas” que funcionam as oficinas, armazéns e lojas da associação, onde as pessoas que a instituição acolhe restauram e reparam grandes e pequenos eletrodomésticos e peças de mobiliário para depois os venderem. É através deste “negócio” que a associação encontra verbas para subsistir. “Temos muitas pessoas que nos entregam imensas coisas das quais já não necessitam e nós tentamos vendê-las, sempre a preços simbólicos”, explica Isabel Luiz. A associação dá também, portanto, um novo sentido àquilo que para muitos é “lixo” mas que esconde grande valor para a instituição.

A Novo Sentido ainda está a dar os primeiros passos e a Direção não esconde que “há ainda muito para fazer”, mas isso é, também, uma motivação para continuar a trabalhar. “Somos muito jovens e precisamos de pessoas que nos ajudem a desenvolver novos projetos”, apela a empresária, referindo-se, por exemplo, a um projeto que ambiciona implementar: garantir formação profissional para as pessoas que a instituição acolhe de modo a que se tornem “autossuficientes” e possam ter um futuro estável.  

Antes de estar na associação, Inácio Carvalho vivia numa barraca “sem condições”: não tinha água nem luz. Depois de conhecer o projeto de Isabel Luiz, o homem de 57 anos passou a ocupar o tempo a trabalhar para a instituição. “Temos de ajudar quem nos ajuda”, defende o beneficiário, que entretanto já foi “promovido” a coordenador da loja da instituição em Alfeizerão.

Como Inácio Carvalho há muitos outros casos de pessoas que “não tinham condições mínimas de vida, alguns até eram sem abrigo”, e que hoje estão integradas na comunidade depois de terem aprendido uma profissão no seio da Novo Sentido e de lhes ser incutido “que na vida é preciso lutar por aquilo que se quer”, sustenta a responsável.

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