A abertura do concurso público para a concessão que permitirá a instalação da tirolesa na Nazaré foi adiada pela Assembleia Municipal, a pedido da CDU, depois de aquela bancada se ter apercebido que havia uma folha… em branco no documento que fora distribuído aos deputados.
A abertura do concurso público para a concessão que permitirá a instalação da tirolesa na Nazaré foi adiada pela Assembleia Municipal, a pedido da CDU, depois de aquela bancada se ter apercebido que havia uma folha… em branco no documento que fora distribuído aos deputados.
“Tendo em conta a falta de, pelo menos, uma página torna-se impossível aos membros da Assembleia Municipal discutir este assunto”, declarou João Paulo Delgado (CDU), exigindo a retirada do ponto.
A bancada do PS, através de José Sales, ainda solicitou um intervalo para tentar ultrapassar a questão entre os líderes de bancada, dado que a folha em causa apenas continha a identificação da entidade adjudicante e informações sobre peças do procedimento, mas sem sucesso.
Já depois de o presidente da Câmara, Walter Chicharro, pedir “desculpas” à Assembleia pelo lapso dos serviços, Joaquim Pequicho (PSD) frisou que “encontrar solução de escape a esta situação é errado” e a retirada do ponto acabaria por ser aprovada por unanimidade. O projeto fica, assim, em “stand by” até nova reunião do órgão.
Antes, já Telma Ferreira (Bloco de Esquerda) considerara que o projeto deveria ser alvo de um referendo local, devido aos impactos que pode representar, enquanto o presidente da Associação de Defesa da Nazaré (ADN), Nélson Quico, classificou o projeto de uma “insensata ideia”. O dirigente contesta, entre outros aspetos, o facto de se preverem “pretensas receitas para o município” e considera a zipline um “cancro” na paisagem da praia. “Que Nazaré queremos?”, sublinhou.
Nélson Quico disse que a “perplexidade da ADN é ainda maior depois de consultar o caderno de encargos”, questionando a existência do parecer da Associação Portuguesa do Ambiente.
Em resposta, Walter Chicharro recordou que foi “eleito pelo povo” e que está a ser lançada “muita desinformação” sobre este projeto. “Queremos uma Nazaré pujante, mas não vamos prescindir do património cultural. Está-se a fazer uma onda gigante com muita ignorância pelo meio. Está-se a querer acima de tudo confundir”, lamentou o chefe do executivo.