A Direção Geral do Património Cultural (DGPC) vai investir mais de 1 milhão de euros em intervenções no Mosteiro de Alcobaça entre 2019 e 2020.
A Direção Geral do Património Cultural (DGPC) vai investir mais de 1 milhão de euros em intervenções no Mosteiro de Alcobaça entre 2019 e 2020, no âmbito do Programa Portugal 2020, Programa Operacional do Centro. O plano de gestão inclui, entre outras intervenções, a requalificação da antiga portaria, incluindo os claustros denominados de D. Afonso VI e da Prisão ou da portaria e a Sala das Conclusões, na qual será instalada a loja do monumento. As alterações foram reveladas no 3.º Encontro Internacional de Abadias Cistercienses.
A entrada no monumento e a venda de bilhetes deixa de ser feita na igreja e passará, assim, a ser realizada pela ala norte, devolvendo-se à portaria do Mosteiro a sua função primeva. O novo circuito de visita iniciar-se-à pelo antigo Paço Abacial/Portaria do Mosteiro e respetivos claustros D. Afonso VI e da Prisão. Dali, o visitante entra no Claustro do Silêncio (D. Dinis), no qual pode conhecer as várias dependências do Mosteiro, e passa depois para a Igreja pela porta dos monges. Visita a seguir a Sala dos Reis, regressa ao Claustro D. Dinis e volta à ala norte, saindo pela Sala das Conclusões, onde fica instalada a loja. “Esta alteração do circuito permitirá ao visitante um melhor entendimento da organização espácio-funcional de um mosteiro cisterciense, guardando-se para o fim a igreja, ex-libris da arquitetura cisterciense ao nível europeu”, realçou a diretora do Mosteiro. Pretende-se também “dignificar e resguardar o espaço da igreja, não só como espaço de visita mas também como espaço de culto, retirando-se assim as venda de bilhetes e de artigos do seu interior”, acrescentou Ana Pagará.
Outra alteração foca-se na ala norte do Claustro do Cardeal. No piso térreo será criada uma área de serviços educativos e de apoio a peregrinos, enquanto a zona central será dedicada a serviços administrativos. Para o piso superior da ala norte está também prevista a criação do núcleo museológico e do centro de interpretação do monumento. Na cerca, o Celeiro será dotado de mais infraestruturas que permite a sua utilização mais ampla e frequente, como espaço de auditório ou espetáculos. As fachadas do Mosteiro também serão alvo de intervenção, com limpezas semelhantes às realizadas em 2016, sendo colocadas guardas de segurança nas escadarias e instalado um elevador para visitantes com acessibilidade reduzida.
Já o subdiretor-geral da DGPC revelou que, à semelhança da medida implementada em espaços culturais como o Mosteiro dos Jerónimos, será testado o serviço de bilheteiras eletrónicas, o que levará à recolocação dos funcionários que, até então, se encontravam na bilheteira. Contudo, Filipe Silva reiterou que “os funcionários ficarão mais libertos para poderem proporcionar aos visitantes um acolhimento mais personalizado”.