É o mais antigo café da Maiorga. No toldo tem inscrito “Pastelaria da Fontinha”, numa alusão ao nome da rua (da Fontinha), mas, na aldeia, todos conhecem esta “Casa com História”, como o “Café da São” ou o “Café da São do Raúl”. A São é Maria da Conceição Félix Verdasca, que gere o espaço comercial há 36 anos, e o Raúl é o seu pai, Raúl Pereira Félix, proprietário do prédio do café, que durante várias décadas geriu um supermercado no 1.º andar daquele edifício.
É o mais antigo café da Maiorga. No toldo tem inscrito “Pastelaria da Fontinha”, numa alusão ao nome da rua (da Fontinha), mas, na aldeia, todos conhecem esta “Casa com História”, como o “Café da São” ou o “Café da São do Raúl”. A São é Maria da Conceição Félix Verdasca, que gere o espaço comercial há 36 anos, e o Raúl é o seu pai, Raúl Pereira Félix, proprietário do prédio do café, que durante várias décadas geriu um supermercado no 1.º andar daquele edifício.
Depois de casar, Maria da Conceição pensou em abrir um café por baixo da loja do pai. “Não havia nada do género na Maiorga e pensei que podia criar o meu emprego e aproveitar o negócio”, conta a mulher que, durante dez anos, tomou conta do café sozinha. “Tinha o apoio da minha mãe e do meu marido, mas passava o dia no café sozinha”, revela São, como é carinhosamente tratada na Maiorga. “Quando somos novos fazemos tudo”, ironiza a maiorguense.
Aberta desde 1983, a Pastelaria da Fontinha tem sido, ao longo dos anos, um centro de convívio dos maiorguenses, mas também dos que por ali passam. “De manhã é uma agitação, porque o espaço é pequeno mas há muita gente que bebe sempre aqui o seu café antes de ir para o trabalho”, conta a comerciante, que já perdeu a conta aos cafés que tirou ao longo dos tempos. Os cafés e os bolos são, aliás, os produtos mais requisitados da pastelaria. Também os jogos da Santa Casa têm “atraído” vários clientes, que acabam por beber um café ou pedir um bolinho”, nota a gerente do espaço. Nos últimos anos, o “Café da São” também passou a disponibilizar aos fregueses raspadinhas e o serviço Pay Shop. “As pessoas mais velhas têm muita dificuldade em deslocar-se para Alcobaça para pagarem uma fatura, pelo que decidi ajudá-los e ter esse serviço no café”, justifica Maria da Conceição Félix Verdasca.
Um dos pontos de viragem da pastelaria da Fontinha, que também tem à venda os jornais regionais, entre os quais o REGIÃO DE CISTER, foi a realização das obras há cerca de uma década, que permitiram reorganizar o espaço. “Foi nessa altura que alargámos o horário de funcionamento, das 6 e meia da manhã às 9 da noite, e passámos a ter uma funcionária, a Andreia”, recorda a maiorguense.
Agora, o café da Maiorga está prestes a viver um novo ciclo: a partir de setembro, a Pastelaria da Fontinha vai mudar-se para o 1.º andar, onde funcionou o negócio do pai, duplicando a área da pastelaria, que passará a ter pão e refeições ligeiras para os clientes. “Em vez de me reformar vou ter ainda mais trabalho”, diz, entre sorrisos, a mulher, que optou por manter o negócio, agora com a irmã, em vez de o trespassar.