Quinta-feira, Abril 25, 2024
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História de Óptica e Ourivesaria Martinho banhada a ouro

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Se há “Casas com História” em Alcobaça a Óptica e Ourivesaria Martinho é uma delas. A ourivesaria nasceu pela mão de António Crisóstomo da Silva, na década de 1920, mas em janeiro de 1956 passou para a gestão de António Alves Ribeiro, pai de Martinho, que dá hoje nome à mais antiga ourivesaria da cidade.

Se há “Casas com História” em Alcobaça a Óptica e Ourivesaria Martinho é uma delas. A ourivesaria nasceu pela mão de António Crisóstomo da Silva, na década de 1920, mas em janeiro de 1956 passou para a gestão de António Alves Ribeiro, pai de Martinho, que dá hoje nome à mais antiga ourivesaria da cidade.

António Ribeiro era um apaixonado pelos relógios e tudo fez para seguir o sonho. Para fugir ao trabalho no campo com o pai, chegou, inclusivamente, a pagar a uma pessoa para trabalhar em seu lugar para, assim, continuar a explorar e a arranjar relógios. “Foi comprando relógios, montava-os e desmontava-os e foi percebendo que aquele trabalho dava dinheiro”, conta a filha Madalena Ribeiro, que tem gerido o negócio com o irmão Martinho. “Antigamente o relógio era um objeto muito valioso e ele sabia disso. Ia para a saída das missas na Benedita, no Vimeiro e em Turquel para recolher os relógios que precisavam de arranjo e depois de os arranjar voltava lá para os entregar”, conta. Um dos clientes de António Alves Ribeiro era o “Sr. Crisóstomo” e o proprietário da ourivesaria deixou-lhe a promessa de que “a ourivesaria havia de lhe ir parar às mãos”. E assim foi.

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Não demorou muito até pai e filho virem de bicicleta de Turquel para Alcobaça diariamente para tomar a rédea do negócio dos relógios e, mais tarde, do ouro. Já com o negócio estabelecido, outro dos filhos tirou o curso de Ótica e até teve uma fábrica de relógios em Turquel. Quando o patriarca faleceu, em 1971, Martinho Ribeiro aguentou o negócio sozinho até o irmão mais novo ter regressado da tropa e ter acrescentado a ótica aos serviços da casa. Mais tarde, no início da década de 1980, o filho Venâncio dá o seu lugar a Madalena, que até então tinha trabalhado na Davo, a fábrica de relógios do irmão em Turquel.

Desde então, o espaço foi alvo de obras, dividindo a ótica e a ourivesaria em espaços distintos. Foi nessa data que a família decidiu trocar o nome de Ribeiro pelo “Martinho” na loja. “O Martinho foi o único filho que esteve desde o início com o meu pai. Além disso, havia muitas trocas de material nas entregas com a outra ourivesaria Ribeiro em Alcobaça. Assim, resolveu-se o problema”, explica, entre sorrisos, a empresária.

Nas últimas quatro décadas, a Óptica e Ourivesaria Martinho tem acompanhado as tendências, com milhares de peças à disposição do cliente. “Há 25 anos tínhamos as montras carregadas de ouro, porque havia o hábito de comprar. Hoje as modas e as tendências são outras”, realça.

A ótica acaba por ter hoje mais peso no volume de negócios do que a ourivesaria. E não é uma questão de poder económico. “Antigamente poupava-se para comprar um fio de ouro, hoje poupa-se para viajar. Os tempos mudaram e os hábitos de consumo também”, nota Madalena Ribeiro. Nesta casa, a proximidade com o cliente, que muitas vezes ali chega porque os pais ou os avós já o faziam,vale mesmo… ouro.

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