A Câmara de Alcobaça e o Ministério da Cultura têm alinhavado o protocolo que permitirá avançar com a recuperação e posterior abertura ao público da Casa-Museu Vieira Natividade.
A Câmara de Alcobaça e o Ministério da Cultura têm alinhavado o protocolo que permitirá avançar com a recuperação e posterior abertura ao público da Casa-Museu Vieira Natividade.
O documento deve ser assinado em breve, tendo as últimas arestas do acordo entre as partes sido limadas na recente visita a Alcobaça dos secretários de Estado da Cultura e das Autarquias Locais.
O presidente da Câmara de Alcobaça revelou que existe “disponibilidade para assinar o protocolo”, mas que os custos da intervenção “estão ainda por determinar” e que será necessário, ainda, “encontrar os fundos comunitários” que facilitem a intervenção. De resto, foi para agilizar os procedimentos relativos a uma candidatura que Isabel Damasceno, vogal da Comissão Diretiva do Mais Centro, participou na reunião tida por Paulo Inácio com os dois governantes.
“A Câmara e o Estado comprometem-se no sentido de fazer todos os esforços para recuperar a Casa-Museu”, asseverou o autarca, salientando que os 15% de comparticipação nacional do projeto poderão vir a ser dividos pela autarquia e pelo Governo.
“É uma questão que ainda não está totalmente clara, mas que deve seguir os trâmites habituais neste tipo de projetos”, frisou o chefe do executivo municipal.
A reunião com os dois secretários de Estado surgiu na sequência de contactos promovidos pel’O Rebate, um grupo de alcobacenses preocupados com o estado de degradação do edifício doado pela família de Vieira Natividade, a que se juntou o PS/Alcobaça, tendo sido agendada pelo presidente da Câmara aquando da inauguração do Parque Verde. Contudo, a presença de dirigentes socialistas na reunião com Ângela Ferreira e Carlos Miguel causou desconforto a Paulo Inácio, que aproveitou a última sessão de Câmara para fazer um “reparo público”.
“O PS deve fazer uma reflexão nessa matéria. Quando há reuniões de representantes do Estado com um presidente da Câmara não acho normal estarem representantes de um partido à espera. Ou estão todos ou não está nenhum, porque depois cria-se confusão”, lamentou Paulo Inácio.