O semanário REGIÃO DE CISTER alargou, na edição desta quinta-feira, a cobertura noticiosa ao concelho de Porto de Mós, ampliando, deste modo, o território de influência da publicação periódica.
O semanário REGIÃO DE CISTER alargou, na edição desta quinta-feira, a cobertura noticiosa ao concelho de Porto de Mós, ampliando, deste modo, o território de influência da publicação periódica.
Há 26 anos que o jornal se publica, de forma ininterrupta, nos concelhos de Alcobaça e da Nazaré, mas a forte ligação histórica desta região com o vizinho município de Porto de Mós está na origem desta decisão da Palavras Necessárias, Lda, a empresa proprietária do título e que é detida pela Banda de Alcobaça, uma associação cultural sem fins lucrativos que assumiu a publicação do REGIÃO DE CISTER em 2014.
“O território que é hoje conhecido como o concelho de Porto de Mós fez parte dos Coutos de Alcobaça e, ainda que durante pouco tempo, chegou a pertencer ao concelho de Alcobaça. As ligações de Porto de Mós a Alcobaça e à Nazaré são por demais evidentes e ainda hoje são bem notórias em termos económicos, culturais e sociais, pelo que entendemos que ao tomar esta decisão estamos a fazer eco de uma realidade já existente, ou seja, a identidade de uma região que congrega os Coutos de Alcobaça e que foi gerida pelos monges de Cister”, justifica o diretor do semanário, o jornalista Joaquim Paulo.
Assim, a partir desta semana, o território de Porto de Mós passará a ter direito a, pelo menos, uma página de noticiário geral na secção de Sociedade – tal como já sucede com o concelho de Alcobaça e o da Nazaré. “Se o volume noticioso assim o justificar e a aceitação do público também o merecer não hesitaremos em ampliar o espaço editorial dedicado a Porto de Mós”, frisa o responsável editorial do jornal, notando que o restante noticiário sobre os agentes locais daquele concelho será incluído nas secções de Economia, Cultura, Educação e Desporto, “tal como já acontece com os concelhos de Alcobaça e da Nazaré”.
“Estes três concelhos têm muito em comum, sendo que a história une este território de uma forma indelével”, sublinha o diretor do REGIÃO DE CISTER, dando como exemplos o cavaleiro D. Fuas Roupinho, que protagoniza o milagre da Senhora da Nazaré e que era o alcaide-mor de Porto de Mós, mas também a tradição da cerâmica de Alcobaça e do Juncal, que remonta ao século XVIII, com a Real Fábrica do Juncal.
Em termos históricos, a primeira referência de Porto de Mós como parte do território dos Coutos de Alcobaça surge em 1183, na “carta de ampliação do Couto de Alcobaça”, tal como salienta o historiador Saul António Gomes, no número 6 da Revista de História da Sociedade e da Cultura, publicado em 2006, pelo Centro de História da Sociedade e da Cultura da Universidade de Coimbra. Naquele artigo, o professor sublinha, ainda, a ligação de D. Fuas Roupinho à Pederneira. “A historicidade [da existência daquele cavaleiro que dá nome, por exemplo, ao Externato da Nazaré] deriva do palco geográfico concreto em que evolui toda a ‘lenda’, conhecidas que são as proximidades e inter-relações, detectáveis já nos séculos medievais, entre portomosenses e antigos pederneirenses”, frisa o historiador.
O REGIÃO DE CISTER pretende passar a ser um agente de desenvolvimento regional a uma escala mais abrangente, passando a servir uma população-alvo de quase 100 mil habitantes e 26 freguesias, quando até aqui servia, mais diretamente, 71 mil habitantes e 16 freguesias. “Acreditamos que vamos ganhar outro peso com a entrada em Porto de Mós, mas que Porto de Mós também ganha com a presença regular de um jornal de referência que fará a divulgação daquilo que de mais importante se passar no concelho”, salienta Joaquim Paulo, realçando que esta semana já serão visíveis “algumas das mudanças editoriais” no jornal. “Escolhemos as Festas de São Pedro para fazer esta alteração estratégia e é evidente que estaremos presentes no certame, divulgando o nosso produto”, conclui.