Quarta-feira, Dezembro 25, 2024
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Jornalismo regional em tempos de Covid-19

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A redação do REGIÃO DE CISTER está vazia. Só nos dias de fecho, diretora e administradores ocupam o espaço, com a devida segurança, para que nada falhe. Com a pandemia, e o consequente Estado de Emergência, os jornalistas foram “obrigados” a adaptarem-se a novas rotinas e a novas formas de trabalhar, a partir de casa, de forma a que o jornal continuasse a ser publicado semanalmente

A redação do REGIÃO DE CISTER está vazia. Só nos dias de fecho, diretora e administradores ocupam o espaço, com a devida segurança, para que nada falhe. Com a pandemia, e o consequente Estado de Emergência, os jornalistas foram “obrigados” a adaptarem-se a novas rotinas e a novas formas de trabalhar, a partir de casa, de forma a que o jornal continuasse a ser publicado semanalmente.

“Jornalista é uma profissão que se é e não que se tem. A informação não tem pausas: não dá para dizer ‘por hoje já chega, vou desligar’. Se tentarmos desligar, o telefone vai tocar, o email vai cair, a notícia está a passar na televisão ou acabou de passar para a rádio. Temos de parar de fazer o jantar ou levantar do sofá para dar aquela notícia importante aos nossos leitores”, assume a diretora do REGIÃO DE CISTER.

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Ao contrário das rádios que têm um horário do noticiário a cumprir ou da edição impressa de um jornal que tem um dia e uma hora de fecho agendados pela gráfica, nos sites não há horários. “No nosso caso, os jornalistas que garantem os conteúdos para a edição impressa são os mesmos que diariamente alimentam o site, com o mesmo rigor que o fazem para o jornal em papel. Não há equipas destacadas, não há turnos. Não importa sermos os primeiros a dar a informação, importa sermos os primeiros a dar a informação correta”, adianta Sara Vieira, valorizando “o esforço e o trabalho árduo de toda a equipa” na realização dessa missão de serviço público.

E se tudo gira a volta da Covid-19, como se garantem páginas como as de desporto ou de cultura? “Com muita criatividade, resiliência e colaboração dos nossos agentes culturais e desportistas”, responde a jornalista, que em janeiro assumiu a direção do único semanário dos concelhos de Alcobaça, Nazaré e Porto de Mós.

As reuniões de câmara e as assembleias municipais já se fazem por videoconferência. Saídas em reportagem ainda existem, mas menos. “Temos o compromisso de informar os nossos leitores e, portanto, havendo uma notícia que justifique a ida para a rua, não podemos ficar em casa”, sublinha a diretora. Tal como recorda a Comissão da Carteira Profissional de Jornalista (CPCJ), numa nota enviada a todos os profissionais, “todos os jornalistas com carteira profissional válida mantêm o direito constitucional de acesso às fontes de informação e aos locais públicos para poderem efetuar o seu trabalho jornalístico”.

Além do reajuste do número de exemplares a imprimir, tendo em conta a diminuição dos pontos de venda, o “mais preocupante” é a quebra “abrupta” da publicidade, quer da corrente, quer de todas as publicações de revistas, suplementos e edições especiais, que foram canceladas ou suspensas. “Apesar desta realidade, acreditamos que o nosso trabalho está a ser reconhecido e, por essa via, quer as instituições, públicas e privadas, quer os leitores continuarão a apoiar-nos”, nota.

A pensar nisso, além da assinatura anual, foi lançada uma campanha de assinaturas especial, sendo dada a oportunidade aos leitores de assinarem o jornal por apenas quatro edições, quer seja na edição impressa ou na edição digital.

Mais do que nunca, a informação é preciosa.
Mais do que nunca, o Região de Cister está a trabalhar, diariamente e em todos os suportes, para disponibilizar informação credível e rigorosa aos seus leitores.
Mais do que nunca, num contexto de quebra abrupta de publicidade, o seu apoio é fundamental.
Faça-se assinante do único semanário dos concelhos de Alcobaça, Nazaré e Porto de Mós e ajude-nos a manter este serviço público.
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