Quarta-feira, Dezembro 25, 2024
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Nuno Duarte: “A escola afastou-se demasiado da realidade”

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O professor na Escola Secundária D. Inês de Castro é conhecido por pensar “fora da caixa”. Em entrevista ao REGIÃO DE CISTER, Nuno Duarte critica o atual sistema de ensino, lançando novas sementes.

O professor na Escola Secundária D. Inês de Castro é conhecido por pensar “fora da caixa”. Em entrevista ao REGIÃO DE CISTER, Nuno Duarte critica o atual sistema de ensino, lançando novas sementes.

REGIÃO DE CISTER (RC): Foi responsável por uma das talks da TEDxAlcobaça, na qual considerou que o sistema educativo estava doente. Qual é o diagnóstico que lhe faz?
NUNO DUARTE (ND): Penso que a doença a diagnosticar é mais grave e mais abrangente. Se a sociedade é o corpo, o sistema educativo é apenas um dos órgãos. Mas todo o corpo está doente e o que acontece no sistema educativo é apenas uma manifestação particular do problema. Já que me comprometi com esta metáfora, podemos tentar fazer o exercício de pensar que parte do corpo o sistema educativo é. Parece-me que o mais indicado será compará-lo à medula óssea, que produz novas células sanguíneas. Sangue novo, certo? Incluindo os glóbulos brancos, capazes de combater as doenças que nos afetam. A questão é complexa. Estará o corpo a funcionar mal porque o sangue novo é ruim ou será por causa do corpo já estar doente que o tutano está a funcionar mal? Seja como for, estou certo de que é uma doença autoimune. O corpo está a atacar-se a ele próprio. A sociedade somos todos nós e, portanto, não nos podemos queixar de fatores externos. O sistema educativo funciona mal porque somos cada vez mais uma sociedade sem valores nucleares claros e sem objetivos estratégicos bem definidos. Não sabemos claramente o que queremos e usamos a imprevisibilidade do futuro como desculpa para ir perpetuando este estado de coisas.

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RC: Falou também num conceito de “bulimia induzida”, na medida em que os alunos “comem” nas aulas e “vomitam” nos testes. Qual a receita para acabar com esta “doença”?
ND: Fácil. Acabar com os testes e com a pressão associada às classificações. É possível e não é assim tão difícil. Basta vontade de mudar. Quando dizemos sistematicamente às nossas crianças e jovens, durante 12, 15, 16 anos, que a medida do seu desempenho como ser humano é o valor numérico que vão obter no próximo teste, é natural que o cérebro deles se desenvolva para perseguir este objetivo. Todos queremos ter um sentimento de aprovação. Coisas como aprendizagem, desenvolvimento pessoal, crescimento interior, ética, moralidade, pensamento crítico, criatividade, proatividade e tantas outras coisas que são a chave do futuro, passam rapidamente para segundo plano. Porque tudo o que interessa é a nota no próximo teste. Mais grave ainda é o efeito colateral que isto induz. Quem não encaixa nesta bitola específica começa a interiorizar que não tem valor. É incalculável a quantidade de talento que estamos a perder por esta via.

Temos que deixar os jovens experimentar fazer coisas. Para que possam descobrir os seus talentos e capacidades. Mas não é possível experimentar coisas se estamos sempre trancados na sala de aula a receber os santíssimos sacramentos, não é?

RC: Na disciplina de Aplicações Informáticas, que orienta no ensino secundário na Esdica, aplica um sistema baseado em projetos. Que mais-valias elenca nesta metodologia de ensino?
ND: Há muitos modelos alternativos a funcionar bem. A aprendizagem baseada em projetos (PBL) é apenas um deles. Isso só torna a nossa inação mais grave. Nem sequer é preciso inventar novos modelos. A PBL é centrada no aluno. É mais engaging e os alunos acham-na mais agradável e satisfatória. Em PBL não se pode estar num estado passivo, sendo os aprendentes responsáveis por procurar o seu desenvolvimento e por tomar as rédeas do seu crescimento pessoal. Isto leva ao desenvolvimento de competências além das curriculares e muito mais valiosas que estas no futuro que nos aguarda. Já agora, e antes que se levantem as vozes do currículo, acrescento que é possível trabalhar qualquer parte currículo com este tipo de metodologias. Currículo é necessário. Só não é suficiente.

RC: Que efeitos podem ter as escolhas dos alunos ao longo do seu percurso?
ND: O meu sonho aproxima-se muito de um sistema educativo onde o percurso seja, de facto, feito de escolhas. Mas isso é precisamente a única coisa que não deixamos os alunos fazer. Ou estamos a chamar “escolhas” à opção por uma língua estrangeira de vez em quando e à decisão bastas vezes inconsciente de crianças de 14 anos que, à saída do 9.º ano, são obrigadas a fazer um compromisso que lhes vai afetar seriamente o resto do percurso sem terem capacidade ou informação adequadas para a fazer? Temos que os deixar fazer escolhas com muito mais frequência. Diariamente. É assim que se fazem bons decisores. Dando espaço para a tomada de decisão responsável. Esse espaço não existe. Temos que deixar os jovens experimentar fazer coisas. Para que possam descobrir os seus talentos e capacidades. Mas não é possível experimentar coisas se estamos sempre trancados na sala de aula a receber os santíssimos sacramentos, não é?

RC: A pressão sobre o currículo ajuda a explicar a insegurança dos alunos? 
ND: Ajuda, mas não me parece que seja o principal fator. Em relação à insegurança, penso que esta é produzida pela cultura do erro vigente. Se erras, és penalizado na classificação. És mau. Então começas a preferir não arriscar porque se não arriscares, não erras. Mas como não te habituas a correr riscos, tornas-te cada vez mais inseguro quando é necessário fazê-lo. A desmotivação é mais fácil de explicar. A escola afastou-se demasiado da realidade. E os alunos olham para a escola e não sentem que esta os esteja a preparar para o mundo que vêm cá fora. Quando entram numa sala de aulas, perdem o acesso às ferramentas com que estão habituados a funcionar. Para ajudar, os assuntos que estão em cima da mesa são, normalmente, desinteressantes, e, bastas vezes, desajustados do mundo real.Nunca vi nenhum jovem gostar de um jogo de computador por ser fácil. A dificuldade não é um problema. Pelo contrário. Da minha experiência nas Aplicações Informáticas B, uma coisa que relevo é precisamente que eles, trabalhadas as motivações, gostam de um bom desafio. Acredito que muitos não gostam da escola por uma razão bem mais simples. Por ser uma seca. Estamos a matá-los de tédio.

É absurda a inflação académica que a pressão dos exames produziu ao longo da última década.

RC: Classificações e retenções fazem sentido?
ND: Não. Nem as aulas, nem as turmas, nem as salas, nem os horários. São organizações arbitrárias e desadequadas, que serviram os propósitos da revolução industrial, mas que nos tempos que vivemos, e com o que sabemos de educação, não fazem sentido. Sei que a minha visão parece excêntrica porque estamos todos demasiado formatados pelo modelo baseado em classificações. Mas é possível fazê-lo. Aliás, há quem o esteja a fazer com bastante sucesso. Defendo um sistema baseado nos valores da autonomia, liberdade, responsabilidade, entreajuda, comunidade e criatividade em que é o próprio aluno a escolher, de um mapa de competências bem definido, mas aberto, quais as que pretende desenvolver e com que profundidade. Pode e deve haver avaliação, o que é diferente de haver uma classificação, seja ela qualitativa ou quantitativa. No fundo, tenho a visão de um sistema de ensino que promove um ser humano autónomo e consciente dessa autonomia, que lhe permite gerir e organizar o seu próprio tempo, a suas redes com os outros e o seu plano de desenvolvimento pessoal. Sem organizações arbitrárias como a turma e a idade, e ao mesmo tempo que se responsabiliza por essas escolhas. Porque é precisamente isso que terá que fazer durante o resto da sua vida. Há já algum tempo que temos a obrigação de nos aperceber que o modelo da geração anterior definir o caminho da seguinte já não funciona. A transformação do mundo acontece a uma velocidade demasiado elevada. Não temos outra hipótese de sucesso que não seja mostrar-lhes que eles têm o direito e o dever de definirem o seu próprio caminho. Seja ele moral, ético, económico, pessoal ou social. Eles têm o direito de moldar o mundo no qual terão de viver. Com o nosso input, claro. Não há nada errado nisso. E nós temos o dever de os apoiar nessa campanha.

RC: Exames nacionais: sim ou não?
ND: Claro que não. E concurso nacional de acesso também não. Os exames são uma ferramenta que privilegia um tipo específico de inteligência que já nem sequer é um bom preditor de sucesso ao longo da vida. Defendo que as universidades devem poder definir os seus próprios critérios de seleção, recrutando com base nas competências que mais lhes interessarem, sejam elas curriculares ou não. É absurda a inflação académica que a pressão dos exames produziu ao longo da última década. Não estamos a selecionar os perfis mais adequados a cada curso. Assim como é absurda a pressão que essa inflação está a colocar em alunos e professores.

Acredito que temos que começar a desvalorizar o sucesso meramente económico e começar a valorizar o sucesso pessoal e a felicidade individual e coletiva.

RC: Defende a ideia de que o professor não tem de ensinar, o aluno é que tem de aprender. Como se trabalham essas motivações?
ND: Aprender é uma ação. E tem necessariamente que ser uma ação do sujeito que aprende. O professor ensinar é uma estratégia cujo objetivo é que o aluno aprenda. Mas não garante que isso aconteça. É uma escolha, não uma necessidade. Há estratégias melhores. Não acredito na efetividade de estratégias em que o aluno esteja numa posição passiva. Sem ação não há aprendizagem. Para a aprendizagem ser significativa e duradoura, é necessário que o aluno queira, ativamente, aprender. Portanto, sim, trabalho muito do lado das motivações. E a principal estratégia é mais simples do que muitos pensariam. Passa por ouvir, verdadeiramente, os alunos. Perceber como se sentem, validar as suas ideias, deixá-los escolher e apoiar as suas escolhas, mesmo quando prevemos que não sejam as melhores para eles. Porque é acerca das escolhas deles, certo? Não das nossas. E a motivação medra, a partir do momento em que percebem que têm em mim, em vez de alguém que lhes quer encher a cabeça, uma pessoa com quem podem falar das suas escolhas e da importância que essas escolhas têm nas suas vidas, mas que não as quer impor. Complicado?

RC: Concorda com a escolaridade obrigatória?
ND: É um assunto com pouco interesse para mim. Acredito que o estado deve dar condições a toda a gente que não as tem para que haja acesso universal a uma escolaridade considerada mínima (a definir, mas o 12º ano parece-me uma opção razoável, por coincidir com a maioridade) e que o sistema educativo deve ser atrativo que chegue para que toda a gente o queria fazer. Se temos necessidade de usar a palavra obrigatório, alguma coisa está mal a montante, não é? Sempre tive uma certa aversão à palavra “obrigatório”. Acho que só a devemos usar quando é estritamente necessário.

RC: Como olha para o ensino básico português? O que está certo e errado?
ND: É um sistema velho, pesado e cansado. Na sua generalidade, claro. Atenção que há boas experiências por toda a parte, incluindo Portugal. Os currículos são morbidamente obesos e desajustados. Continuamos demasiado agarrados ao conhecimento e ao currículo, pouco preocupados com o desenvolvimento de competências e ainda menos com o desenvolvimento integral das crianças. Continuamos a produzir formigas. Operários especializados em funções que em breve serão ocupadas por máquinas e algoritmos. O ser humano vai ter que se reposicionar no futuro próximo. Vai ter que redefinir o seu lugar e os seus objetivos. Acredito que temos que começar a desvalorizar o sucesso meramente económico e começar a valorizar o sucesso pessoal e a felicidade individual e coletiva. Temos problemas graves de sustentabilidade que é urgente resolver. Não somos solidários. Ainda não resolvemos as questões elementares de igualdade seja de raça, credo, género, orientação sexual, ou muitas outras desta lista sem fim. Vamos ter que salvar o planeta e, quem sabe, a nossa própria espécie. Não estamos a preparar os nossos jovens para nada disso. Felizmente, alguns deles estão a tentar preparar-se pelos seus próprios meios. Mas poderia correr muito melhor com a nossa ajuda. E longe de mim atirar as culpas para os professores. Os professores são igualmente vítimas, num sistema que tritura toda a gente. Não há um clima propício a que os professores arrisquem e experimentem. E isso é muito importante. Um clima onde sintam confiança no seu trabalho por parte das estruturas. Fomos muito maltratados, especialmente, durante os últimos 10 anos. E aqui tenho que deixar uma palavra de amizade ao meu Diretor, que não só permite que a experiência das Aplicações Informáticas B exista, como tem a visão estratégica para a apoiar. As bases estão desmotivadas e isso não ajuda nada à mudança necessária. Às vezes acredito que isto chega a ser feito de forma deliberada. Porque no fundo, que políticos querem uma população com pensamento crítico? Apenas os verdadeiros, não é? Desculpem o sarcasmo, mas tenho tido alguma dificuldade em encontrar desse tipo.

RC: Escolha emocional vs escolha racional. Qual devia ganhar e não ganha?
ND: Em problemas complexos, não há escolha racional. Sabemos isso da neurobiologia. Não é uma questão de uma ganhar à outra. Somos seres racionais, ponderamos os fatores, mas o mecanismo de tomada de decisão é sempre emocional e enviesado. Quando eu falo de escolha e de coração não é isso que quero dizer. O que argumento é que a maior parte das pessoas toma decisões baseadas em valores que não são os delas. Somos criados na prisão da aprovação dos outros e da conformidade. E o sistema educativo contribui bem a sua parte para isso. As pessoas passam as suas vidas a tentar corresponder às expectativas que os outros têm delas e muitas não chegam a libertar-se dessa cela. É preciso pensar de outra maneira. Pensar e redefinir constantemente os valores nucleares que defendemos, porque podem estar errados, mas fazê-lo com coragem, porque acreditamos nesse conjunto de valores e não para agradar a terceiros. Encontrar a pessoa que somos e cultivá-la. Tomar as nossas próprias decisões, agir sem medo e responsabilizarmo-nos por isso. Se continuarmos no caminho de deixar a realidade exterior definir quem somos vamos todos ficar iguais a perfis de rede social. Falsos e despidos de significado interior.

RC: Quais são as competências mais importantes para o futuro dos jovens?
ND: Sem pensar muito nisso, vêm-me à cabeça instantaneamente: pensamento crítico, comunicação, colaboração, criatividade, autonomia, proatividade, gestão de tempo, flexibilidade, adaptabilidade, solidariedade e humanidade. Há uma palavra que os meus alunos sabem que para mim resume tudo isto. Potência. Temos que ser seres humanos potentes.

RC: O que podem os alunos aprender com o ensino à distância, forçado pela pandemia da Covid-19?
ND: Do ponto de vista dos alunos, penso que estas circunstâncias mudaram, acima de tudo, a relação com os processos de aprendizagem. Não havendo, ou tendo sido fortemente limitada a possibilidade de estar a receber conteúdo passivamente, são forçados a ser mais proativos na procura e na aquisição de conhecimento. Pelo que consegui medir, de forma sensível, os que estão mais desconfortáveis com esta situação são precisamente os menos autónomos. Também se queixam bastante de não conseguirem organizar o seu tempo. Como poderiam saber fazê-lo? Na escola o tempo é sempre organizado pela escola. Querem que os alunos aprendam gestão de tempo? Deixem-nos gerir tempo, não lhes falem sobre isso. Podemos substituir gestão de tempo por outra competência qualquer, que o princípio é o mesmo. Penso que tivemos uma oportunidade de ver as vantagens e o desenvolvimento de competências que resultam do regime de trabalho autónomo. E espero que quando este contexto desaparecer haja discussão verdadeira e ação. Seria muito mau não aproveitarmos esta oportunidade para mudar coisas e, simplesmente, regressarmos ao business as usual.

Empurra-te frequentemente para fora da tua zona de conforto. Fora dessa zona é que há crescimento, descoberta, exploração. 

RC: Considera que a pandemia veio acelerar a necessidade de o ensino se reinventar?
ND: Na minha perspetiva, não. Essa necessidade já era tão premente que não acho que ainda seja possível acelerá-la. Veio, talvez, torná-la mais visível e aumentar a consciência (awareness) que temos dela. Muitos professores e alunos foram empurrados para fora da sua zona de conforto. E fora da zona de conforto, o que há é, invariavelmente, crescimento. E não tem a ver com utilização das tecnologias. Isso é outro elefante branco. Muitos professores viram alunos que não funcionam numa sala de aula a funcionar melhor neste contexto. E outros que, habituados a nadar bem na sala de aula, pareceram peixes fora de água. E isto vale a pena questionar. Que não há estratégias ótimas, mas que há valor intrínseco em haver diversidade de estratégias. Porque quando usamos só uma, por melhor que ela seja, estamos a privilegiar um tipo específico de perfil. Não aceito uma defesa da igualdade baseada no princípio de que somos todos iguais. A igualdade tem de partir da evidência de que somos todos diferentes. O preço da conformidade é demasiado alto. A conformidade esmaga o talento individual e a diversidade, que sempre foi o grande segredo da natureza para a sobrevivência coletiva em condições adversas.

RC: Para os alunos que estão “perdidos”, qual o conselho que lhes dá? 
ND: Segue o teu coração. E com isto não quero defender aquela ideia idílica de que tens que descobrir a tua paixão e ir atrás dela. De que há uma escolha certa neste momento da tua vida e que tens de descobrir qual é. Não é assim que as coisas funcionam. Faz coisas. Muitas e diferentes. Empurra-te frequentemente para fora da tua zona de conforto. Fora dessa zona é que há crescimento, descoberta, exploração. E é assim que vais encontrar as coisas que gostas de fazer. Fazendo. Explora principalmente o que o teu coração te pede. Usa-o como a tua bússola para fazer as escolhas. Isto não quer dizer que só deves fazer coisas que gostas. Isso é viver no mundo dos unicórnios. Quase sempre, fazermos as coisas que gostamos implica fazer outras que não gostamos. Tens que ter essa resiliência. A felicidade não vem de uma vida sem problemas. Uma vida sem problemas é igualmente vazia de significado. Olha bem para dentro. Aprende a conhecer-te. Há mais para descobrir aí dentro do que cá fora. Redefine continuamente o que para ti é importante e não deixes que te demovam desse conjunto de valores. A escolha do curso não é um ponto de chegada. É só um ponto de partida. Não é, nem de longe, a decisão mais importante que vais tomar na tua vida. Alivia a pressão. Muita gente, amigos, pais, professores, até desconhecidos que te influenciam, vão tentar dizer-te o que é melhor para ti. E todos com boas intenções. Ouve, agradece e, respeitosamente, manda-os à fava. Eles não sabem o que é melhor para ti. A decisão é tua e tu é que vais ter que viver com ela. Acredita em ti e nos teus valores. Faz da decisão tua, mesmo que os outros a julguem como errada. É assim que te vais construir como pessoa. Responsabilizando-te pelas tuas próprias escolhas e aprendendo com elas.

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