Os alunos João Nunes, Ana Margarida Ferreira e Beatriz Martins, da EB 2/3 D. Pedro I, do Agrupamento de Escolas de Cister, arrecadaram o 1.º prémio, na categoria de artes/multimédia das Olimpíadas da Cultura Clássica.
Os alunos João Nunes, Ana Margarida Ferreira e Beatriz Martins, da EB 2/3 D. Pedro I, do Agrupamento de Escolas de Cister, arrecadaram o 1.º prémio, na categoria de artes/multimédia das Olimpíadas da Cultura Clássica.
Os estudantes distinguiram-se na tipologia “vídeos” do escalão B (3.º ciclo de ensino) da competição com a curta “A dúvida de Orfeu”. No trabalho audiovisual, as personagens de Orfeu e Eurídice são vividas por latas de refrigerantes, que vivem uma desafiadora história de amor. A película foi apresentada em forma de “teaser” de um filme inspirado num dos maiores romances da mitologia grega.
As gravações decorreram antes do encerramento das aulas presenciais, mas a edição do vídeo foi realizada já durante o confinamento. Nesta etapa, o apoio dos encarregados de educação foi imprescindível, uma vez que foi solicitado o apoio para fotografar e apoiar na conclusão dos projetos dos filhos. “Há três anos que os meus alunos participam. É um desafio que lanço às turmas, mas também a ex-alunos porque considero muito educativo”, revela João Nunes, docente na Escola D. Pedro I.
Anualmente, os temas propostos pelo concurso são alvo de estudo nas disciplinas de Educação Visual e Educação Tecnológica e também em sessões promovidas na biblioteca escolar. A Escola D.Pedro I reuniu cerca de 150 estudantes numa primeira fase da atividade, a nível de agrupamento.
Antes de seguirem para a etapa nacional, os vencedores da edição deste ano foram sujeitos a uma avaliação por parte de um júri do Agrupamento de Escolas de Cister. “Tinha a noção que o projeto tinha muita qualidade, mas confesso que o 1.º lugar deixou-me muito surpreso e satisfeito”, revela o professor, que já viu outros três projetos realizados pelos seus alunos serem galardoados nesta competição. “Neste concurso não existe um perfil de aluno para participar, o objetivo é que todos deem o contributo e que, no entretanto, aprendam e ganhem interesse pela cultura clássica”, sublinha.
Maria João Rodrigues, professora bibliotecária no Agrupamento, enquanto representante da entidade promotora do projeto nas escolas de Alcobaça, acredita que esta é uma atividade que “permite reabilitar a cultura clássica e envolver os alunos num projeto original e educativo”. “Os alunos convivem com referências da cultura clássica em diferentes aspetos, quer seja na análise de obras de literatura, quer seja nos desenhos animados ou jogos. Mas é interessante ir mais além”.
Nas próximas edições, além de querer garantir novamente o 1.º lugar, o agrupamento quer levar a competição projetos desenvolvidos por alunos do ensino secundário, que este ano foram impossibilitados de concluir os projetos devido à pandemia.
Criadas em 2017, as Olimpíadas da Cultura Clássica são organizadas pela Rede de Bibliotecas Escolares (RBE), do Ministério de Educação e pelo Centro de Estudos Clássicos da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa. Apesar da pandemia, a atividade registou este ano, segundo a organização, “uma participação notável”. Na impossibilidade de realizar uma festa, a organização está a preparar essa celebração simbólica em formato vídeo.