Segunda-feira, Novembro 25, 2024
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Primeira região inteligente do país nasce no Oeste

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A Nova Information Management School (NOVA IMS), da Universidade Nova de Lisboa, e a Comunidade Intermunicipal do Oeste (OesteCim) preparam-se para criar a primeira região inteligente do país. 

A Nova Information Management School (NOVA IMS), da Universidade Nova de Lisboa, e a Comunidade Intermunicipal do Oeste (OesteCim) preparam-se para criar a primeira região inteligente do país.

O ecossistema criado por esta parceria estratégica permitirá que “a academia de excelência e a administração pública possam implementar modelos que ajudem o processo de tomada de decisão de políticas públicas e, simultaneamente, ajudem investidores e agentes económicos a desenvolver atividades económicas de efetivo valor acrescentado, baseado em dados factuais”, avança a OesteCim, em comunicado.

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O projeto piloto arranca no território da OesteCim e terá a duração de dois anos, período após o qual a plataforma Smart Region ficará disponível para ser replicada em todo o território nacional, incluindo Madeira e Açores. Trata-se de um “projeto colaborativo de cocriação de uma solução inovadora capaz de potenciar a economia da região assente no conceito de Smart Cities aplicada ao turismo inteligente e sustentável”.

O projeto terá um investimento total de 1 milhão de euros, cofinanciados em 57% pelo Fundo Social Europeu. O potencial de retorno económico é calculado em 533 mil euros em 2021 e 2022, considerando a automatização de processos, cuja informação é recolhida atualmente de forma manual, poupanças com a deslocação aos municípios para esclarecimento de questões, redução da despesa com custos médios de comunicações móveis, entre outros.

Através desta plataforma será possível compreender a interação das pessoas, que vivem, trabalham ou visitam o território da OesteCim, com base nos dados do registo e utilização dos pontos de acesso Wi-Fi, envolvendo as dimensões espaço e tempo na análise.Será possível conhecer o número e características de pessoas em eventos e locais, distinguir entre visitantes novos e recorrentes, estabelecer horas de ponta, traçar padrões de deslocação, marcar pontos de interesse, etc. Em paralelo, permitirá disponibilizar uma aplicação que melhora a experiência de quem visita a comunidade intermunicipal tirando partido do cruzamento de dados provenientes dos sistemas operacionais municipais com os dados originários das redes de Wi-Fi visando disponibilizar informação dinâmica no espaço e no tempo e suportando ações de marketing de contexto, isto é, entregar informação personalizada em função do momento e local onde a pessoa se encontra.

A Plataforma Analítica Integrada de Inteligência Territorial Smart Region visa aproveitar as tecnologias de informação e comunicação e, assente na identidade territorial, alavancar a geração de conhecimento para promover a regeneração económica, a coesão social, uma melhor administração do território e gestão das infraestruturas, passando de uma de uma lógica de gestão urbana reativa para uma lógica proactiva, suportada pela transformação digital e baseada no conhecimento, na disponibilização alargada de dados e na atualização permanente da informação.

Miguel de Castro Neto, subdiretor da NOVA IMS e coordenador da NOVA Cidade – Urban Analytics Lab, nota que “as capacidades que a tecnologias oferecem hoje de capturarmos gigantescas quantidades de dados, lança o desafio de serem criadas as capacidades analíticas para promover a sua conversão em informação e, assim, passarem a ter valor para os processos de tomada de decisão, para a criação de novos produtos e serviços e para uma cidadania mais ativa e participada”. Para o especialista, é “essencial dotar o território nacional e órgãos de soberania, locais, regionais e nacionais, de ferramentas que permitam uma tomada de decisão baseada em dados fidedignos e em tempo útil, como a atual pandemia bem evidenciou”.

“Sendo um dos exemplos mais comuns a utilização dos metadados das comunicações móveis para construir esta inteligência territorial, a generalidade destes serviços assenta na utilização de dados externos, com a consequente necessidade de contratualização de um serviço de informação permanente e respetivo custo associado”, explica presidente da OesteCIM. Pedro Folgado acrescenta ainda que “o processo de criação de redes de Wi-Fi público municipal gera a oportunidade de, pela primeira vez, os municípios serem os ‘donos’ dos dados necessários e suficientes para o desenvolvimento de capacidades analíticas e pela criação de valiosos insights sobre as mais diversas dimensões da governação do território”.

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