Ainda não tinha soprado as velas do 2.º aniversário e já “roubava” as chaves do carro dos pais e metia o carro a trabalhar. Se os pés lhe chegassem aos pedais, o mais certo seria o pequeno João Maria ter tirado o carro do estacionamento. Não é exagero: o piloto vimeirense, de apenas 7 anos, estreou-se no karting aos 5 e é apontado como uma jovem promessa na modalidade.
Ainda não tinha soprado as velas do 2.º aniversário e já “roubava” as chaves do carro dos pais e metia o carro a trabalhar. Se os pés lhe chegassem aos pedais, o mais certo seria o pequeno João Maria ter tirado o carro do estacionamento. Não é exagero: o piloto vimeirense, de apenas 7 anos, estreou-se no karting aos 5 e é apontado como uma jovem promessa na modalidade.
“Há cerca de três anos, o João pediu como prenda de natal um jipe elétrico porque o carrinho que ele tinha não tinha força e ele queria andar mais rápido”, conta o pai João Rocha, que em vez de um carro elétrico optou por lhe comprar…um kart. “Era mais fácil para mim, dado que não tinha que andar a fazer força para o empurrar no carrinho elétrico”, explica o progenitor, entre risos.
Uma vez que o primeiro kart tinha de ser ajustado ao tamanho do menino, os pais deslocaram-se ao kartódromo e o pequeno João Maria Pereira foi desafiado a dar uma volta no percurso do Bombarral. A partir daí fez-se história: o kart que só chegava aos 40km/h não o satisfez e por isso trocou por um que podia atingir… os 100 km/h.
O pequeno João Maria estreou-se no karting de competição aos 5 anos, no campeonato nacional de iniciação, alcançando logo uma boa prestação. No ano seguinte ruma à equipa Júnior Racing Team e treinado por Mário Almeida consegue uma evolução notória que iniciou logo com a conquista, na categoria Micro-Academy, na segunda prova do Rotax Max Challenge Portugal, que decorreu no kartódromo de Viana do Castelo e no qual triunfou sobre adversários com mais… quatro anos. No fim da competição acabaria por ficar no top-5.
“O meu coração fica logo em sobressalto sempre que vejo no monitor a velocidade a que ele vai, mas no fim vê-lo feliz supera tudo”, afirma Ana Mendes, mãe da jovem promessa do karting nacional. O pai também fica com “o coração nas mãos” sempre que vê o filho correr e já assistiu a alguns embates. “Recordo-me de um episódio em que ele vai contra os pneus de proteção na pista e de repente deixei de o ver”, relembra João Rocha. “Qual o meu espanto quando ele sai do kart e a preocupação dele era ver o que estava danificado”, graceja, revelando que a maior preocupação do filho nos acidentes é ver o “estado em que ficou o kart”.
Mas na vida de desportista nem tudo são vitórias. Na estreia na Taça de Portugal, em cadetes, o kart do pequeno João foi modificado para aderir melhor ao piso, uma vez que estava a chover. No entanto, a chuva abrandou e o menino, que estava bem posicionado para lutar pela vitória, acabou por terminar abaixo das expetativas por ele criadas. “Foi o dia em que o vi mais triste e a minha única reação foi abraçá-lo e explicar-lhe que nem sempre tudo corre bem”, revela João Rocha, afirmando que “é preciso saber ganhar, mas também perder”.
“Tenho o sonho de ser piloto”, resumiu o menino ao REGIÃO DE CISTER, que passou para o 3.º ano de escolaridade numa terra de onde já saíram dois campeões: Teresa Almeida, no bodyboard, e Humberto Ribeiro, no motocross. João Maria Pereira é, para já, um nome a fixar.
Foto: LOURENÇO JOSÉ/KARTINGGLOBAL