O pároco de Porto de Mós está com salários em atraso desde novembro de 2019, o que o motivou recentemente a enviar uma carta aos paroquianos a apelar à solidariedade e ao sentido de dever dos paroquianos.
“Com as festas e as celebrações pascais canceladas, devido à pandemia, as ofertas dos fiéis diminuíram drasticamente e sem estas receitas do Conselho Económico não tem sido possível fazer face às despesas da paróquia”, explica José Alves ao REGIÃO DE CISTER.
Na carta dirigida aos paroquianos, o padre afirma que a pandemia “é a principal responsável pela atual situação de dificuldades”. “Dê o seu contributo pagando a pensão paroquial que é um dever de todo o paroquiano”, frisa José Alves. O pároco de Porto de Mós refere ainda, no documento, que é possível fazer a oferta nas missas, por transferência bancária ou por MBWAY.
Ao REGIÃO DE CISTER, o vigário-geral da diocese de Leiria-Fátima explicou que se trata de um “caso único na diocese”, acrescentando que “cada paróquia sustenta o seu pároco”. “A Diocese de Leiria-Fátima tem acompanhado a situação e na impossibilidade da paróquia suportar os salários do pároco será acionado o fundo diocesano do clero”, garante Jorge Guarda. “Há que fazer um apelo aos fiéis para voltarem a fazer as suas contribuições, caso contrário esta situação só se vai arrastar”, reforça ainda o vigário-geral.