Quando a Arfai se apresentou na Feira Ambiente, em Frankfurt, na Alemanha, em fevereiro, estava longe de prever que 2020 seria o ano com mais pedidos de encomendas. Por essa data, já se ouvia falar do novo coronavírus, mas o que acabaria por acontecer, no ano em que a empresa de cerâmica decorativa tinha preparado várias ações para assinalar os 25 anos de atividade, foi uma verdadeira surpresa (para todos).
Quando a Arfai se apresentou na Feira Ambiente, em Frankfurt, na Alemanha, em fevereiro, estava longe de prever que 2020 seria o ano com mais pedidos de encomendas. Por essa data, já se ouvia falar do novo coronavírus, mas o que acabaria por acontecer, no ano em que a empresa de cerâmica decorativa tinha preparado várias ações para assinalar os 25 anos de atividade, foi uma verdadeira surpresa (para todos).
“Quando entrámos na primeira fase de confinamento estava com muita prudência em relação a este ano. Mas, a previsão de que haveria uma queda acentuada de vendas não se concretizou. Foi, aliás, um ano com uma procura muito acima da média, não me recordando de um ano assim”, adianta ao REGIÃO DE CISTER a CEO da empresa de cerâmica decorativa. O volume de procura foi tanto que a empresa teve necessidade de contratar mais dez trabalhadores, já tendo asseguradas encomendas até ao verão do próximo ano.
Para Carla Moreira, a preocupação generalizada pelo mundo da casa e as dificuldades de acesso ao mercado asiático explicam a elevada procura nacional. “Na Europa, cerâmica decorativa de qualidade, com escala e a um preço aceitável só se encontra em Portugal”, nota a empresária.
A Arfai deverá fechar 2020 com um aumento no seu volume de negócios em cerca de 12,5%, com novos clientes e com produtos em fileiras novas. “Um dos fatores de grande distinção da Arfai é o facto de 50% da produção ser para private label e isso permitir abrir novas portas”, adianta a empresária, explicando que os outros 50% são direcionados para coleção própria.
A maioria da produção (98%) continua a ser escoada para exportação. A Escandinávia, Inglaterra, Coreia do Sul, Dubai, Estados Unidos da América e Canadá continuam a ser os principais mercados externos. Com a pandemia, a Arfai, que emprega 85 colaboradores, chegou à Arábia Saudita e voltou a aproximar-se do mercado francês.
Nos últimos cinco anos, desde que a Arfai lançou a sua andorinha – a imagem dos 20 anos –, a empresa de Aljubarrota tem apostado na ecologia, na comunicação externa e na reestruturação de instalações. “Não basta ser, é preciso mostrar o que se passa e o que se faz aqui dentro. A par do investimento na nossa estrutura produtiva, também temos feito um bom trabalho para melhorar a pegada ecológica da empresa”, salienta Carla Moreira.
As bodas de prata, que começaram a ser assinaladas no segundo semestre deste ano com pequenas ações simbólicas, culminarão no próximo sábado, dia em que a empresa foi fundada, sem a festa prevista. “É muito bom ter chegado até aqui num setor que já se dizia condenado quando comecei a trabalhar na cerâmica decorativa”, lembra a empresária. Para isso, valeu, com certeza, a dedicação, a resiliência e, sobretudo, a paixão com que a “família” Arfai molda a cerâmica made in Alcobaça.