A forte aposta na redução de emissões de CO2 é uma preocupação da Plásticos IPA, empresa sediada em Porto de Mós, que assinala este mês seis décadas de atividade.
A forte aposta na redução de emissões de CO2 é uma preocupação da Plásticos IPA, empresa sediada em Porto de Mós, que assinala este mês seis décadas de atividade.
“Tem de ser esse o nosso caminho e devia ser de todas as outras empresas”, considera o presidente do Conselho de Administração da empresa. Joaquim Ribeiro lembra que a produção de plásticos é inevitavelmente poluente, mas “é importante procurar diminuir o impacto”.
A empresa conseguiu reduzir as emissões de CO2 em cerca de 125 toneladas em apenas oito meses, de maio a dezembro de 2020. Em abril, a instalação de painéis fotovoltaicos ajudou a alcançar os resultados, a que se juntam outras medidas adotadas, como a reintegração de excedentes de produção e de não conformidades no processo produtivo.
A avaliação da qualidade do desempenho e perfil de risco da empresa é responsável pela distinção da empresa, há oito anos consecutivos, como PME Líder pelo IAPMEI.
A Plásticos IPA, que produz uma grande variedade de plásticos, com destaque para os frascos para produtos químicos, faturou 3 milhões de euros em 2020, um aumento de 300 mil euros face a 2019.
Com máquinas a produzir 350 peças por hora, pelo método de extrusão de moldagem por sopro, os equipamentos da Plásticos IPA foram melhorados para responder de forma personalizada às necessidades da empresa.
O papel de Joaquim Ribeiro tem sido fundamental na adaptação dos equipamentos. Afinal, o empresário, que está ligado à empresa desde 1982, quando era funcionário de escritório, foi também comercial e quis aprender as lides da produção desde cedo, tornando-se num profundo conhecedor do processo de fabrico.
A empresa, que tem 25 colaboradores e labora 24 horas por dia, produz sobretudo para o mercado interno, mas os produtos da Plásticos IPA estão presentes em praticamente todos os países do mundo, “incluindo a China”.
Os produtos comercializados distribuem-se por três linhas: doméstica (artigos térmicos e utilidades), sanitária (autoclismos, tampos de sanita e acessórios) e embalagens técnicas (frascos jerricãs, tampas e doseadores), com destaque para a produção de embalagens em PEAD (polietileno de alta densidade), multicamada e PET (polímero termoplástico).
“No campo das embalagens em multicamada, a Plásticos IPA teve uma postura visionária e foi a primeira empresa em Portugal a implementar a tecnologia necessária ao fabrico deste tipo de produtos”, circunstância que coloca a empresa “ainda nos dias de hoje” numa posição de destaque no mercado das embalagens, revela a Plásticos IPA em comunicado.
Criada em 1961 como Plásticos da Azoia, lda, a empresa foi depois redenominada Indústria de Plásticos da Azoia, tendo sido criadas a Sociedade de Embalagens Técnicas e a Plásticos IPA II. Em 2001, a família Ribeiro adquiriu e fundiu as três empresas, criando a Plásticos IPA, SA, que em 2009 cresceu para uma área de 4 mil metros quadrados na zona industrial de Porto de Mós.