Uma pequena lixeira começou a formar-se, nas últimas semanas, junto à primeira rotunda do Casal da Areia, sentido Sul/Norte, com caixotes, sacos de cimento, plásticos e até partes de automóveis. A denúncia é feita pelo empresário João Rebelo.
“Depois do fim de semana aparece sempre mais lixo”, lamenta o proprietário da Veco Design, que todos os dias passa no local e testemunha o acumular de detritos. “Já me aconteceu mais do que uma vez ir almoçar com clientes e são eles que reparam”, refere.
O empresário lamenta que a rotunda “esteja a ser tratada como um caixote do lixo” e encaminhou as suas preocupações para a União de Freguesias de Coz, Alpedriz e Montes. O presidente da Junta lembra que a competência é da Câmara. “É um problema de falta de civismo e sabemos que o lixo é colocado por pessoas de fora”. Álvaro Santo lembra um episódio recente em que uma única empresa encheu todos os contentores do lixo com material de escritório e diversos equipamentos.
Reconhecendo desconhecer o caso em particular, o vereador do Ambiente lembra que o município tem um serviço de recolha de grandes objetos destinados ao lixo. “Se não for no mesmo dia, a recolha é feita no dia seguinte”, explica Paulo Mateus, que lastima a falta de civismo. “Há pessoas que não têm qualquer respeito”, acusa o autarca.
O serviço é prestado pelo município através da empresa SUMA, que efetua a recolha de resíduos volumosos ou monos (eletrodomésticos, sofás, colchões, entre outros) a particulares, ao domicílio e de forma gratuita.
De acordo com as normas do serviço, compete aos munícipes interessados transportar e acondicionar os objetos volumosos fora de uso para o local indicado.
“Este deverá situar-se, preferencialmente, à porta da habitação do interessado, sendo que a colocação do mono deve ser efetuada no final do dia, na véspera da recolha”, pedem os serviços. A recolha de grandes volumes é efetuada às terças e sextas-feiras, no período da manhã, e as marcações devem ser efetuadas durante a semana, em horário útil.
Paulo Mateus anuncia o reforço das campanhas de sensibilização, de forma a que “as pessoas respeitem e utilizem os meios” que a Câmara disponibiliza. “É preciso lembrar que é o sistema que melhor funciona para todos, até porque os interessados nem têm de se deslocar com os objetos porque são recolhidos à sua porta”, argumenta o vereador do Ambiente, que garante que, ainda assim, o serviço “é muito utilizado”. Paulo Mateus lamenta “que nem todas as pessoas tenham a mesma postura”.
Dados da Agência Portuguesa do Ambiente revelam que os resíduos volumosos representaram, em 2020, 4,2 por cento do total de resíduos produzidos em Portugal. No País, cada cidadão contribui, em média, com 1,4 quilos de resíduos por dia.