A vida de Pedro Pereira tem sido repleta de desafios e, durante o último ano, deu mais uma volta de 360 graus. O alcobacense, residente em Madrid (Espanha), tinha ido desfrutar de umas férias em Múrcia quando vários atletas de flyboard treinavam para uma competição que ali ia decorrer. Durante aquele período, e como até conhecia o campeão espanhol, decidiu experimentar a modalidade e… competir.
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O resultado? Foi vice-campeão na categoria de promoção! Não satisfeito com a prestação, no passado dia 15 de maio voltou novamente a participar no mesmo campeonato e… foi campeão.
Mas voltemos ao início da aventura. “Depois do primeiro campeonato, adquiri algum material e, com o apoio de alguns dos atletas, fui treinando e adquirindo mais confiança e experimentando algumas manobras, umas mais complicadas e outras mais simples, mas que exigem sempre muito treino e destreza física”, recordou o alcobacense, de 32 anos, em conversa com o REGIÃO DE CISTER.
Mas tudo começou porque, segundo o próprio, se considera uma pessoa “aventureira e curiosa”. “Pratiquei diferentes modalidades desportivas ao longo da vida. Gosto da aventura e de explorar os limites e, no flyboard, o que mais me fascina é a sensação de liberdade que temos quando ‘voamos’”, continuou.
O flyboard é uma modalidade relativamente recente e divide-se em quatro etapas: classificação (1m30s), batalhas (2m), semi-final (2m30s) e final (2m30s). A cada manobra é atribuída uma pontuação, sendo que poderá diferir caso as mesmas tenham combos.
Em Portugal, a modalidade ainda não tem expressão, mas o antigo bombeiro em Alcobaça não se inibe de “chamar” mais entusiastas para esta prática desportiva: “quem quiser experimentar pela primeira vez, deve procurar alguém com experiência, seguir as instruções e, dessa forma, e a partir dos 12 anos, qualquer pessoa pode iniciar-se na modalidade”, brinca, deixando o apelo.
E o que espera ainda Pedro fazer? “Vou entrar na categoria profissional e o meu objetivo é participar no Campeonato do Mundo e conseguir o maior número de títulos possíveis”, afiançou, deixando o repto para que a modalidade ganhe notoriedade em Portugal. A suceder-se, haverá, certamente, mais um alcobacense com mais um motivo para regressar à cidade onde cresceu. Quem sabe se nas “voltas e reviravoltas” da vida, o campeão Pedro não volta a casa. Isso é que era, literalmente, alta acrobacia!