De quando em vez um “enxame” de Vespas da Maravilha sai, em convívio, às estradas do concelho de Alcobaça ao volante das clássicas scooters para mostrar e valorizar as “maravilhas” da região de Cister.
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“Ser ‘vespista’ é algo impossível de explicar, só quem se senta na sua vespa e desfruta como nós desfrutamos consegue entender a nossa forma de estar”. As palavras são do presidente da Associação Vespas da Maravilha, cofundadora do Vespa Clube Portugal, para tentar explicar a paixão pela vespa, marca registada italiana, desde tenra idade. Foi na antiga Escola Primária de Monte de Bois, freguesia do Bárrio, local onde atualmente a associação está sediada, que o REGIÃO de CISTER esteve à conversa com Eduardo Marques.
O bancário, de 57 anos, faz parte da organização do grupo desde a génese e recorda o momento em que o projeto passou da teoria à prática: “Éramos cerca de dez amigos. Ao regressar de um passeio pensámos em organizar um encontro”, recorda o presidente, admitindo que a criação do grupo surgiu porque “existia muita gente de Alcobaça que partilhava a paixão pelas vespas”. Passados alguns anos, em 2010, oficializou-se a Associação Vespas da Maravilha – Alcobaça. O nome foi escolhido pelo facto de o Mosteiro de Alcobaça ter sido eleito uma das 7 maravilhas de Portugal, em 2007.
À conversa juntou-se Deodoro Henriques e Nuno Cipriano, amigos destas andanças e também membros da Direção das Vespas da Maravilha. Deodoro Henriques é o mais velho dos três “vespistas”. O mecânico de 65 anos, recorda que, na juventude, foi responsável por organizar, na cidade de Alcobaça, o primeiro encontro de vespas. Nos encontros organizados pelas Vespas da Maravilha, Deodoro Henriques é sempre o “cerra-fila”. “É o nosso mecânico, vai sempre atrás porque caso alguma mota avarie, está lá para resolver”, esclarece Eduardo Marques sobre as funções do amigo. Entre risos, Deodoro Henriques deixa bem claro que, enquanto está presente, “não há uma vespa que não chegue ao fim do passeio”.
O nascimento da filha, em 2014, motivou o tesoureiro das Vespas da Maravilha, Nuno Cipriano, a comprar uma vespa. O “namoro” com este veículo já era antigo. A paixão concretizou-se após alguns anos e cresceu de tal maneira que o engenheiro de produção, de 43 anos, decidiu gravá-la no braço direito, com uma tatuagem que ilustra três vespas das “redondinhas”, em homenagem ao modelo que, pessoalmente, considera ser “o mais bonito”.
Atualmente, a organização é composta por mais de 70 associados. Eduardo Marques esclarece as vantagens de ser sócio de um grupo “vespista”: “Além de melhores preços para os passeios, por um pequeno valor, o ‘vespista’ estará protegido por um seguro durante qualquer viagem de vespa”.
Para 2024, está prevista a inauguração da nova sede da associação – o local do “albergue vespista” será revelado mais tarde – que pretende também organizar workshops relacionados com a “prática vespista”. A organização quer ainda atrair mais jovens e organizar mais passeios (no último domingo de cada mês) com o mesmo objetivo de sempre: mostrar as “maravilhas” do concelho de Alcobaça para cumprir o lema do grupo: construir amizades.