O ministro da Economia conheceu, esta quarta-feira, a futura Área de Localização Empresarial da Benedita (ALEB), na sequência de uma visita à região que contemplou uma ida às instalações da IVO Cutelarias, sediada em Santa Catarina (Caldas da Rainha). O governante aproveitou para conhecer o setor da cutelaria na região, uma das áreas com grande expressão para a economia do País.
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Na ocasião, o presidente da Associação Empresarial da Região Oeste (Airo) aproveitou a ida de António Costa e Silva para deixar o apelo para mais apoios ao setor empresarial. “A zona económica do Oeste necessita de um olhar mais atento do Governo. Foi esse pedido que fizemos, para que viesse ver a nossa região”, revelou. Jorge Barosa realçou ainda as valências das empresas da região, solicitando mais apoio através do Plano de Recuperação e Resiliência e pedindo a ativação do programa Simplex (que visa facilitar processos administrativos e legislativos).
“Temos empresas já com alta tecnologia, temos futuras zonas industriais prontas para receber novas empresas e que queremos evoluir mais. Existem muitos percalços para se instalar uma empresa em Portugal. Pretendemos que o Simplex seja ativado no âmbito industrial”, requisitou o presidente da Airo, vincando a importância da simplificação de processos para atrair mais investidores.
Antes da passagem pela futura ALEB, o ministro da Economia visitou a IVO Cutelarias. Depois de uma reunião com a administração e da visita às instalações da empresa, António Costa e Silva respondeu às questões da comunicação social e deixou elogios à empresa caldense.
“Estamos precisamente aqui na região que é berço da indústria de cutelaria nacional e, esta empresa é um paradigma. Não só na qualidade dos produtos, como na capacidade de exportação para o mercado europeu, Estados Unidos da América, Canadá, e Austrália”, disse o ministro da Economia. António Costa e Silva sublinhou também o “crescimento ao nível do investimento e do volume de vendas” e a preocupação da IVO Cutelarias com a sustentabilidade. “É uma empresa muito atenta às transformações que há no mercado mundial, sendo pioneira na transição energética, com uma unidade de produção e autoconsumo que instalou em 2015”, analisou o governante, repisando os elogios.
“A empresa é exemplar a nível da robotização, da integração de novas tecnologias, do design de novas peças e produtos. É tudo aquilo que precisamos para ter uma indústria cada vez mais forte e influentes nos mercados internacionais”, acrescentou.
A capacidade da IVO Cutelarias em criar postos de trabalho foi também assinalada pelo ministro da Economia. “É uma empresa exemplar na contratação de empregados, incluindo a mão de obra estrangeira”, que, considera, “é um exemplo claro da contribuição de que podemos ter a esse nível. Com os nepaleses, indianos e outras nacionalidades que trabalham aqui, bem integradas e que são fundamentais porque estamos numa área em que cerca de 26% da população já tem mais de 65 anos e, por isso, o envelhecimento é uma preocupação. Temos de apostar nos emigrantes que querem vir para o país e contribuir para a economia nacional”, rematou o autarca.
No rescaldo, o administrador da IVO Cutelarias assumiu que a visita de António Costa e Silva serviu para abordar o tema da resolução do licenciamento da empresa.
“Temos dois pavilhões que não estão licenciados e pretendemos construir um novo com cerca de 5 mil metros quadrados e estamos paralisados”, lamenta. António Peralta apela por uma solução imediata que permita à empresa continuar a crescer. “A firma precisa de progredir, tem desenvolvimentos muito grandes com clientes e tem de honrar esses compromissos”, finaliza.
A IVO Cutelarias é a maior empresa do setor em Portugal, empregando 220 trabalhadores.