O projeto “De mãos dadas pela inclusão”, pioneiro em Portugal e que está a ser desenvolvido pela Solidariedade Sublime Associação, contou, na passada semana, com duas iniciativas que decorreram no Agrupamento de Escolas de Cister (AE Cister). O evento visou assinalar o Dia Internacional da Deficiência, comemorado a 3 de dezembro.
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Nesse sentido, no passado dia 6, o auditório da Escola Secundária D. Inês de Castro, em Alcobaça, foi pequeno para acolher tantos alunos que fizeram questão de marcar presença numa sessão que contou com a participação de uma convidada muito especial: Raquel Rocha. A artista plástica, natural do Porto, abordou junto da comunidade escolar a temática da arteterapia, na sequência do objetivo pretendido pela Solidariedade Sublime Associação e que passa pela promoção de um novo olhar sobre a deficiência, criando oportunidades para que as pessoas com e sem deficiência interajam.
A oradora deu corpo a um trabalho que realiza há vários anos, nomeadamente a arte como forma terapêutica, uma vez que Raquel Rocha orienta oficinas de arteterapia para pessoas com doença mental, mais concretamente nas áreas da esquizofrenia e anorexia, fazendo, também, o acompanhamento de crianças, inclusivamente com necessidades educativas especiais, na Câmara do Porto.
Dessa forma, tanto no passado dia 6, na Escola Secundária D. Inês de Castro, como no dia seguinte, na EB 2/3 D. Pedro I, cerca de 80 alunos do Agrupamento de Escolas de Cister puderam ouvir e interagir com a oradora, e, no fundo, aprender sobre a inclusão social.
As sessões foram extremamente interativas através de diversas atividades, o que promoveu momentos de animação junto dos alunos.
Em declarações ao REGIÃO DE CISTER, a presidente da Solidariedade Sublime Associação não escondeu a sua felicidade. “Foram tintas vegetais, inclusão, união, partilha, professores, alunos e muito amor, foi um verdadeiro trabalho de equipa. Uns prepararam as tintas, outros ajudaram os colegas a pintar, no fundo, todos desfrutámos”, assinalou Helena Freitas, que salientou que a iniciativa “pretendeu dar uma visão da arte como ferramenta de inclusão e forma de terapia”. “Quisemos também juntar e misturar alunos, professores e técnicos, criando um espaço de enorme diversidade, cheio de oportunidades para troca de conhecimentos e crescimento”, observou.
Helena Freitas não esqueceu quem tem ajudado o projeto a desenvolver-se: “Foi mais um momento em que sentimos bem presente o apoio e o carinho de toda a comunidade educativa do Agrupamento de Escolas de Cister, da Câmara Municipal de Alcobaça e da sociedade civil, como a histórica Pensão Corações Unidos, que ofereceu muito generosamente a estadia à nossa convidada.”
Raquel Rocha, rendida ao projeto, prometeu pintar um quadro para oferecer à Solidariedade Sublime Associação.