A Zona Industrial da Alva, em Pataias, vai receber o maior investimento na vila das últimas décadas, com a instalação de uma empresa de produção de instrumentos médicos, que prevê criar 500 postos de trabalho nos primeiros cinco anos de laboração. Será um dos maiores empregadores do concelho de Alcobaça, confirmou, esta semana, ao REGIÃO DE CISTER, o presidente da União de Freguesias de Pataias e Martingança (UFPM).
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O anúncio foi feito por Valter Ribeiro no final de dezembro, na última reunião da Assembleia de Freguesia. Na ocasião, o autarca da UFPM explicou que a empresa interessada pretende ocupar cerca de 17 hectares da Zona Industrial da Alva, o que representa cerca de dois terços da área a desafetar (na imagem). O assunto vai ser discutido em sessão extraordinária da Assembleia Municipal de Alcobaça, que terá de dar luz verde à Câmara para vender a parcela, esclareceu o presidente da Junta.
“É uma excelente notícia para nós e para a região”, considera o autarca, que não desvenda, por agora, e a pedido da empresa, o nome da entidade. “Há seis meses começou a fazer análises ao solo”, revela o autarca. Valter Ribeiro garante que se trata de uma indústria “de grande dimensão e sem problemas de poluição”.
De acordo com a informação veiculada na reunião da Assembleia de Freguesia, trata-se de uma empresa com sede na Dinamarca, mas com presença há várias décadas em Portugal, onde a atual localização impede o seu crescimento. Quando a empresa se acomodou nas atuais instalações, não imaginava ficar refém do crescimento urbano em redor, adiantou o autarca da UFPM. “Eles querem começar a obra este ano”, disse ainda o presidente da Junta, para quem a instalação da empresa representa “o pontapé de saída para a zona industrial criar as condições necessárias e todas as infraestruturas de que necessita”.
Em janeiro de 2010, a Câmara anunciou a conclusão do Plano de Pormenor da Alva, para construção da nova zona industrial. Na ocasião estavam por definir questões relacionadas com as acessibilidades ao local, processo após o qual estava prevista a abertura do concurso para a construção da zona industrial. Não se registaram avanços. Volvidos 14 anos, surge agora novo impulso para a concretização do projeto.