O nazareno Rui Maurício é o cabeça de lista pelo partido RIR – Reagir, Incluir, Reciclar pelo círculo de Leiria às eleições legislativas do próximo domingo.
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O jurista, que reside em Lisboa, é militante do RIR desde as anteriores eleições legislativas em 2022 e está apostado no crescimento do número de apoiantes, simpatizantes e militantes, de forma “a reforçar a pluralidade na Assembleia da República”, como refere o candidato, em declarações ao REGIÃO DE CISTER.
Para Rui Maurício, “tem sido dada pouca atenção ao distrito nas últimas legislaturas”. O candidato do RIR lamenta a “perda de centralidade” do distrito, patente na “estagnação do investimento empresarial e industrial na região”. Entre as medidas fundamentais para o crescimento está o turismo, “que está demasiado focado no litoral”. Rui Maurício sustenta que “a centralidade da região deve assumir um papel dianteiro para captar investimento na indústria e no tecido empresarial” e, para tal, é urgente o investimento na ferrovia, como solução para transporte de mercadorias e pessoas.
“São também prioritários investimentos na saúde, na educação e no ensino superior, sendo o investimento num novo hospital na zona sul do distrito preponderante para o SNS dar uma resposta à população crescente nesta região”, acrescenta o candidato da Nazaré.
Na área da habitação, o programa do RIR defende o investimento na habitação pública “para alargar a oferta de habitação social e acessível, o incentivo a organizações de moradores e cooperativas de habitação, apoio aos jovens com medidas de arrendamento controlado, isenção de IMT na aquisição da primeira habitação até aos 35 anos, entre outras medidas”, enumera. Rui Maurício considera fundamental encontrar “soluções de equilíbrio nas zonas de grande pressão turística que contrabalancem a oferta habitacional permanente e a oferta habitacional de curta duração e sazonal”, referindo-se à grande oferta de imóveis arrendados para férias e à escassez de soluções para arrendamento de longa duração. “É fundamental garantir condignidade e suficiência habitacional nestas zonas, mas sem que isso represente diminuição da oferta à demanda turística, pois só assim se conseguirá dar resposta aos desafios que o turismo traz, nomeadamente garantindo fixação de população que garante a efetividade dos postos de trabalho e, naturalmente, a consequente qualidade de vida que se pretende que os locais garantam”, explica o jurista, que lembra que os locais se tornam atrativos turisticamente porque já o eram para quem lá morava.
”É preciso antecipar realidades e aprender com os erros que já se cometeram”, defende Rui Maurício, que dá o exemplo de bairros típicos de Lisboa e Porto, que hoje estão descaracterizados pela pressão turística.