A criação de um sistema individual de tratamento de efluentes, em regime de parceria, foi uma das hipóteses levantada pelo presidente da Federação Portuguesa de Associações de Suinicultores (FPAS), no decorrer de uma sessão de promoção de boas práticas ambientais no setor da suinicultura, que se realizou na passada quinta-feira, no auditório da Biblioteca Municipal de Alcobaça.
“A legislação olha para o efluente suinícola como um resíduo, mas ele deve ser encarado como um recurso. Não há nenhuma exploração em Portugal que tenha capacidade de criar um sistema individual de tratamento de efluentes”, notou David Neves.
O dirigente foi um dos participantes na sessão que contou também com um representante da empresa Genya Bioenergy. Mário Neves considerou que “o setor primário, no qual se inclui a suinicultura, é muitas vezes crucificado na praça pública pela questão ambiental, mas pode e deve dar um sinal de vanguarda na descarbonização”, disse.
Já o presidente da Câmara de Alcobaça salientou a promoção de boas práticas ambientais e o conceito de economia circular. “Uma economia local capaz de uma gestão eficaz dos seus resíduos é uma economia com valor acrescentado, o que lhe dá maior visibilidade perante os mercados”, enfatizou Hermínio Rodrigues, apelando os produtores a uma “reflexão” sobre a problemática.