Após o nascimento do primeiro filho, Cinara Pisco trocou a capital pela cidade de Alcobaça por ter uma maior rede de apoio familiar. É agora na terra onde descansam Pedro e Inês que a artista ganha inspiração para desenvolver o processo criativo nas áreas da ilustração e do cinema em que se tem vindo a destacar e a somar prémios.
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Em outubro do ano passado, a lisboeta ganhou o selo “The White Ravens” com a ilustração do livro “Quem está?”, e na edição do ano anterior do Prémio Matilde Rosa Araújo venceu a categoria “Melhor Ilustração” por ter desenhado a história da obra infantil “A Minha Pessoa Preferida”.
Escrita por Kiara Terra, a publicação da Tcharan relata os desafios vividos por um menino brasileiro que vem viver para Portugal e que do outro lado do oceano deixou alguém muito especial: a avó.
“É um livro muito importante porque ajuda a criar nos leitores a ideia de empatia, o que acho que é fundamental nos dias de hoje, uma vez que o mundo está um pouco louco”, sublinha Cinara Pisco, em declarações ao REGIÃO DE CISTER.
“A importância da arte é, precisamente, fomentar este sentimento de amor e de empatia nas pessoas, porque é a arte que as aproxima e que combate o ódio. Por essa razão, sinto que estou a contribuir para um mundo melhor”, acrescenta a jovem artista.
No cinema, Cinara Pisco, que escreveu uma tese de mestrado sobre cinema de terror português, já criou adereços de cena para filmes como “Grand Tour, de Miguel Gomes”, distinguido com o prémio de “Melhor Realização” no festival de Cannes do ano passado, e “O Ano da Morte deRicardo Reis”, de João Botelho.
Os próximos trabalhos envolvem um espetáculo, uma série e ainda um filme alemão. Ao nível da ilustração, outro dos projetos do ano é o lançamento de um livro infantojuvenil baseado numa peça de teatro escrita por Egas Moniz, com previsão de lançamento para a primavera.