A Nazaré garantiu financiamento para o projeto “Herança do Mar e do Sabor: Tradição com Sabor a Futuro”, que vai operar uma atualização e melhoria do Museu do Peixe Seco, anunciou o vereador com o pelouro da Economia e do Mar, Salvador Formiga.
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Ao REGIÃO DE CISTER, o autarca explica que se trata de “um upgrade ao anterior projeto, já com a questão do Museu do Peixe consolidada”. Com as peixeiras nazarenas a operarem no areal, nas bancas do peixe seco desde 2017, “entendemos ser fundamental avançar para a certificação do peixe seco”, esclarece Salvador Formiga, explicando que a Câmara está ainda apostada em promover espécies de pescado menos valorizadas, como o carapau e a cavala.
O projeto “Herança do Mar e do Sabor” foi contemplado com um financiamento de cerca de 133 mil euros no âmbito do AVISO MAR2030. A verba será aplicada na criação de um passadiço em torno das embarcações tradicionais de pesca expostas no areal junto ao Museu do Peixe Seco, bem como num sistema de rega para melhorar a preservação das embarcações. Outra novidade é a criação de um stand itinerante de showcooking, que poderá ser utilizado junto às embarcações e ao Museu, no Mercado Municipal ou nas mais diversas feiras, enumera o socialista. “Tem a vantagem de ser um equipamento que poderá ser utilizado em várias localizações”, acrescenta.
Trata-se de um projeto de longo prazo. “Para além das infraestruturas que vamos criar, a certificação e valorização do peixe seco deverá ter continuidade nos próximos anos”, refere Salvador Formiga, que lembra o sucesso do primeiro projeto. “Daí a aposta neste upgrade e num projeto em contínua transformação e desenvolvimento”, reflete o autarca.
A iniciativa alia cultura, gastronomia e sustentabilidade através da valorização dos saberes e sabores costeiros, da promoção e certificação do peixe seco e do pescado da região. O projeto avança no terreno assim que o Gabinete de Pescas e Praia concluir os trabalhos de início da época balnear, garante Salvador Formiga.
A valorização do peixe seco conheceu uma evolução em 2017, com a conclusão do Museu (Vivo) do Peixe Seco da Nazaré, quando foram finalizadas as obras da zona de tratamento do pescado. A área criada serve de apoio às vendedoras na preparação do produto que é colocado à venda no estendal e nos mercados. Constituída por uma zona de preparação do pescado e outra para arrumação, a intervenção concluída em 2017 está integrada na ampliação e requalificação de um espaço inserido no Centro Cultural da Nazaré, implementado na antiga lota.
Desde a primeira hora que a aposta foi vista pelo executivo socialista como forma de realçar um dos elementos diferenciadores da cultura nazarena na atração turística, através de três núcleos: a secagem do peixe, o centro interpretativo e o tratamento do peixe. O projeto foi apresentado à população pela primeira vez em 2013.