Luís Veríssimo, mais conhecido por Faísca, ainda guarda as chuteiras e a braçadeira de capitão que envergou na última vez que o Nazarenos conquistou a Taça Distrito de Leiria, em 1993/94. Ao REGIÃO DE CISTER, o antigo capitão dos alvinegros recorda um dia histórico, em que o clube venceu o Fig. Vinhos (3-0), na final, apontando a mira a um novo feito histórico. No próximo domingo (17 horas), o Nazarenos procura erguer um troféu que “escapa” há 31 anos, motivo mais do que suficiente para recordar o homem que liderou a última equipa a consegui-lo.
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E as recordações são várias. “Lembro-me que acabámos por erguer a Taça no relvado porque os adeptos do Fig. Vinhos estavam perto da tribuna onde iríamos erguer o troféu e as autoridades, para evitarem alguma situação menos positiva, pediram que o troféu fosse entregue no relvado”. Assim foi, com o polivalente jogador a levantar a taça no terreno de jogo.
O antigo defesa, que jogava a central e a lateral, e que até alinhou a trinco, relembra ainda o beijo especial que deu aos filhos na bancada. “Foi um momento muito bonito e uma conquista que jamais esquecerei”, relembra o defesa goleador, recordando uma equipa muito bem comandada por Zé João. “Tínhamos muitos jogadores da Nazaré e alguns também da Marinha Grande e Caldas da Rainha”, lembra.
Na carreira, Luís Veríssimo marcou presença em quatro finais da taça distrital, tendo ganho apenas uma. Em 1990/91, integrava o plantel da Biblioteca que perdeu no duelo decisivo diante do Vieirense (0-1), e, já depois da conquista de 1993/94, integrou as formações do Nazarenos que cederam nas finais de 1994/95 e 1996/97, diante do Portomosense (0-2) e do Marrazes (1-3).
No próximo domingo, o antigo capitão, hoje com 58 anos, quer que a história seja diferente e que se “reedite” o feito de 1993/94. “Gostava que o resultado fosse 3-0 para o Nazarenos, mas sendo mais realista apostaria num 2-1 para o nosso clube”, atirou o nazareno, advertindo para a eventualidade do Caldas B, adversário da final, se apresentar em campo com jogadores da equipa principal, que milita na Liga 3.
Ainda assim, a esperança de Faísca, que vai estar nas bancadas do Estádio Municipal da Marinha Grande, é grande. Que sirva de inspiração também para os atletas do Grupo Desportivo “Os Nazarenos” que, dentro de campo, tudo farão para voltar a levar para a Nazaré a taça distrital. Mais de três décadas depois e coroando da melhor forma o centenário da fundação do clube.
Técnico Walter Estrela divide Favoritismo e mostra ambição
O Nazarenos vai tentar conquistar a Taça Distrito de Leiria no próximo domingo, às 17 horas, frente ao Caldas B, num duelo marcado para o Estádio Municipal da Marinha Grande. A última vez que os alvinegros levantaram o troféu foi na longínqua época de 1993/94, quando venceram o Fig. Vinhos por 3-0, em Leiria.
Se vencerem agora, será a quarta vez que o clube inscreve o nome na história da competição, juntando este título aos conquistados em 1967/68, 1991/92 e 1993/94. No entanto, depois desses triunfos, o Nazarenos teve dois amargos de boca: perdeu na final em 1994/95 e novamente em 1996/97.
“Será uma festa. Uma final é sempre uma festa e todos querem lá estar. Já vivi uma por dentro e é espetacular. Espero que seja um grande dia de futebol e de taça. E, sobretudo, para a Nazaré”, antecipou Walter Estrela, técnico do Nazarenos, em declarações ao REGIÃO DE CISTER. E não tem cá conversa fiada: para ele, favoritismo não entra em campo.
“Não acredito que haja favoritos numa final. É 50/50 e não vou fugir a essa ideia”, defendeu, frisando que cada equipa deve respeitar a sua percentagem de chances.
Quanto à possibilidade de levar novamente a taça para a Nazaré, o treinador não esconde o sonho. “É o que mais quero. Como não conseguimos lutar até às últimas jornadas pela subida de divisão, isso foi uma frustração. Seria uma honra, tantos anos depois, conseguir levar o Nazarenos a erguer a taça”, confessou. Para Walter Estrela, esse feito não seria apenas um título, mas um marco na história do clube e da terra. “Ficaria na história do clube e da Nazaré.
É isso que procuramos e tudo faremos para o conseguir”, garantiu. E, como ele próprio destacou, no final das contas, vão ser os pequenos detalhes — as tais “nuances” do jogo — a decidir quem ergue o troféu.