Sexta-feira, Agosto 22, 2025
Sexta-feira, Agosto 22, 2025

O coro da Banda que canta Beatles

Data:

Partilhar artigo:

Manuel Gonçalves é o primeiro a chegar à Sala Dó, nas instalações da Academia de Música de Alcobaça. Os cabelos brancos não escondem os 71 anos. A conta gotas vão chegando os restantes. Homens e mulheres. Novos ou mais velhos. Pouco depois entra na sala Laura Clara, uma menina de 8 anos, que “puxou” aos pais o gosto pela música. Assim, fica quase completa a “família” e está tudo a postos para começar o ensaio do Coro da Banda de Alcobaça, um grupo criado em 2013 e misto e heterogéneo.

Manuel Gonçalves é o primeiro a chegar à Sala Dó, nas instalações da Academia de Música de Alcobaça. Os cabelos brancos não escondem os 71 anos. A conta gotas vão chegando os restantes. Homens e mulheres. Novos ou mais velhos. Pouco depois entra na sala Laura Clara, uma menina de 8 anos, que “puxou” aos pais o gosto pela música. Assim, fica quase completa a “família” e está tudo a postos para começar o ensaio do Coro da Banda de Alcobaça, um grupo criado em 2013 e misto e heterogéneo.

O aquecimento daquele grupo de coristas assemelha-se, mais ou menos, a uma equipa de um qualquer desporto. “É importante aquecer bem o corpo e a voz”, explica Vera Santos, maestrina do Coro. De seguida, ouvem-se os primeiros exercícios vocais e ecoam as notas dos cantores, sobrepostas em camadas meticulosamente definidas. Sopranos, contraltos, tenores e baixos afinam a voz para criar, em uníssono, uma agradável melodia. “O ser humano é fantástico”, confessa a maestrina, “apenas precisa da voz como instrumento para criar música”.

Região de Cister - Assine já!

No Coro da Banda de Alcobaça até as escolhas musicais são mistas e heterogéneas. O repertório dos coristas começa pela música sacra e tradicional mas passa pelo emblemático tema “Blackbird” dos britânicos The Beatles. Também a música de intervenção é paragem obrigatória, com os temas “Milho Verde” de José Afonso e “Canção das Vindimas” de Fernando Lopes Graça.

A heterogeneidade é mesmo uma das palavras-chave para caracterizar o grupo. É tão heterogéneo que “nem é preciso saber cantar para fazer parte do Coro”, garante a maestrina. Da mesma forma, nem é preciso saber ler para participar nos ensaios. Que o diga a menina Laura, que começou a frequentar o coro ainda antes de andar na escola. Chegou à sala Dó pela mão dos pais, coristas apaixonados, e que trazem, ainda, a filha mais velha. Ir ao coro “faz parte da rotina familiar”, adianta Susana Clara. “É gratificante partilhar esta experiência em família”, acrescenta a mãe.

Se não sabe cantar, Vera Santos desmitifica a questão: “é possível aprender a cantar, não é preciso nascer com talento”. Afinal, “só é preciso controlar tempos, notas e dinâmicas” e, claro, “não se esquecer de respirar”, aconselha a maestrina. Na dúvida, pode ouvir o concerto do Coro da Banda de Alcobaça este domingo, na Igreja Matriz da Vestiaria, às 16 horas, e, quem sabe, vir a afinar a voz com o Coro.

 

AD Footer

Artigos Relacionados

Sede do PS/Alcobaça alvo de assalto através de arrombamento

A sede de Alcobaça do Partido Socialista (PS) foi alvo de assalto na passada semana, confirmou ao REGIÃO...

Faleceu Joaquim Piló, sindicalista e fundador do Bloco de Esquerda

Figura emblemática da Nazaré, pescador, histórico sindicalista e fundador do Bloco de Esquerda, Joaquim Piló faleceu, no passado...

Câmara da Nazaré apresenta queixa no Ministério Público após descargas

Depois do segundo episódio de contaminação da água do mar na Praia da Nazaré, o presidente da Câmara...

Tudo deve mudar para que tudo fique na mesma

Esta famosa frase de Giuseppe Tomasi di Lampedusa, proferida pelo Príncipe de Falconeri, no romance “O Leopardo”, bem...

Aceda ao conteúdo premium do Região de Cister!