Em Roma sê romano e, em Alcobaça … sê alcobacense. Que o digam Wilfrid e Norma Culshaw, Richard e Lynne Hartwell e John e Mary Miller que tentam, desde que têm residência oficial nos concelhos de Alcobaça e Nazaré há cerca de dez anos, aprender mais sobre os costumes da chamada região de Cister.
Em Roma sê romano e, em Alcobaça … sê alcobacense. Que o digam Wilfrid e Norma Culshaw, Richard e Lynne Hartwell e John e Mary Miller que tentam, desde que têm residência oficial nos concelhos de Alcobaça e Nazaré há cerca de dez anos, aprender mais sobre os costumes da chamada região de Cister.
A presença, cada vez mais comum, de imigrantes ingleses no País não é novidade. O que distingue estes casais é mesmo a “vontade e curiosidade” que têm em aprender sobre a cultura e a história de Alcobaça, da região e do País. Dizem que ao conhecer as “raízes” destas gentes se sentem mais integrados.
Para facilitar o contacto com outros ex-patriados e para desenvolver atividades e convívios para promover o conhecimento da história, Norma Culshaw e Richard Hartwell fundaram a Associação Cultural e Histórica de Portugal. A organização conta com 49 membros e está apenas “a começar”, estando aberta a “toda a gente” que queira saber mais. Por enquanto, procuram alguém que lhes possa ensinar mais sobre a história e cultura de Alcobaça.
Aprender sobre os costumes da região é, para Richard Hartwell, uma “forma de ver o mundo por outra perspetiva” e conhecer a “identidade alcobacense e portuguesa”, defende.
O clima, a comida, a segurança e o facto de ser um país barato trouxeram os seis ingleses a Portugal mas foi a história, a cultura que os “prendeu” à região, especialmente à chamada região de Cister. “Alcobaça abraçou-nos e recebeu-nos muito bem”, defende Norma Culshaw. De facto, os imigrantes sentem-se muito bem em Alcobaça, Vestiaria, São Martinho do Porto e Caldas da Rainha, locais onde vivem, e nem se deixam desanimar pela “imensa burocracia”.
Os Culshaw, Hartwell e Miller gostam de viver em Portugal e não ponderam regressar às origens. Aqui, sentem que fazem parte da comunidade e até já se habituaram ao “estilo de vida relaxado” do País que é, aponta Richard Hartwell, simultaneamente o melhor e o pior dos portugueses. Isso e a “forma como conduzem”, aponta, entre risos, Mary Miller.