Quinta-feira, Maio 16, 2024
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Noite beneditense marcada por desacatos, barulho e vandalismo

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As madrugadas dos últimos fins de semana no centro da Benedita têm sido marcadas por episódios de vandalismo, desacatos e discussões. Vários habitantes do centro da vila têm alertado para a situação, através das redes sociais, queixando-se do barulho proveniente de grupos de jovens, durante a madrugada. A falta de policiamento noturno é outra das preocupações. 

As madrugadas dos últimos fins de semana no centro da Benedita têm sido marcadas por episódios de vandalismo, desacatos e discussões. Vários habitantes do centro da vila têm alertado para a situação, através das redes sociais, queixando-se do barulho proveniente de grupos de jovens, durante a madrugada. A falta de policiamento noturno é outra das preocupações. 

“Normalmente as confusões começam por volta das 4 ou 5 da manhã, com discussões no meio da rua e vandalismo”, conta ao REGIÃO DE CISTER Margarida Ferreira, que vive no centro da Benedita, perto da Praça Damasceno Campos. A beneditense já perdeu conta às vezes que acordou durante a noite “por medo”, bem como  ao número de chamadas que já fez para a Guarda Nacional Republicana (GNR) da Benedita, para “reportar o que se passa, pedindo intervenção”. Apesar disso, “a polícia muitas vezes não faz nada e passa sem, pelo menos, fazer as identificações necessárias”, testemunhou Margarida Carvalho. 

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Ao seu carro já lhe “cortaram dois pneus e pintaram com spray”, custando-lhe mais de 200 euros na oficina. “Bastava a polícia passar de carro com frequência para que tudo fique mais calmo”, nota a beneditense, acrescentando que “como isso não acontece, é evidente que anda tudo mais à vontade”. 

O presidente da Junta da Benedita reconhece “a força da noite beneditense, tendo em conta que é uma referência nos concelhos vizinhos”, mas sublinha que “há sempre pontos positivos e negativos” quanto a esse facto. Apesar de não frequentar regularmente os bares, João Luís confirma os vários desacatos que têm ocorrido durante a madrugada. Caso os incidentes continuem “os horários poderão voltar a ser revistos”, mas impõe-se um “policiamento mais frequente”, como primeira medida a adotar, garante o presidente da Junta. 

Tendo em conta de que a Praça Damasceno Campos é “rica” em bares noturnos, seria natural que os queixosos encontrassem neles a origem dos desacatos nos últimos fins de semana. O Villa Club é um dos bares do momento e, por isso, é também apontado como um dos possíveis responsáveis pelas situações que têm ocorrido. O gerente do bar, Paulo Conde, contou ao REGIÃO DE CISTER que “o Villa Club nunca trabalhou tanto e tão bem como de momento” e, por isso, “tem servido de bode expiatório para as várias situações que têm decorrido durante a madrugada”.  O empresário que gere o estabelecimento há três anos, defende que “as várias queixas que se leem nas redes sociais não correspondem à verdade”. “Tenho-me mostrado sempre disponível para colaborar com os vizinhos, bem como com a polícia. Mantenho uma relação muito respeitosa com todos e, sobretudo a polícia, que tem feito o trabalho que lhe é devido. Pelo menos comigo não têm faltado com nada”, relata.
 
Quanto às suspeitas levantadas sobre o tráfico e consumo de droga na noite, o gerente sublinha que “é convidado a sair do bar quem estiver sob posse de estupefacientes”, tendo-se já voluntariado para acalmar desacatos que a decorrer perto do seu estabelecimento “como já aconteceu há umas semanas”. Mas como nem os donos dos bares se esquivam do vandalismo, o carro oficial do Villa Club já foi vandalizado três vezes, tendo ascendido os 6 mil euros de prejuízo. Acima de tudo, Paulo Conde sublinha que “não se sente culpado”. “Não considero que as provocações tenham origem nos nossos clientes”, reforça o gerente.

O REGIÃO DE CISTER contactou o comandante da GNR do destacamento de Caldas da Rainha, que corroborou as queixas já existentes. Hugo Carneiro apela “à constante reportação de todo o tipo de atos de vandalismo ou crime que possam acontecer”, acrescentando que “a GNR da vila tem feito um patrulhamento noturno com maior incidência no centro”, tendo sido feito “os devidos procedimentos necessários, de caso para caso”.
Por sua vez, o presidente da Câmara de Alcobaça acredita que “a mudança de horário de fecho e o reforço policial são, por agora, suficientes para que seja encontrado um equilíbrio”. Paulo Inácio considera ainda que “a constante presença da polícia é essencial para uma noite ativa e em segurança”, bem como “a sensibilização à boa conduta tanto dos donos dos estabelecimentos e dos que se vêm divertir”.

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