A Pastelaria Castelo, no centro de Alfeizerão, é responsável por juntar famílias há três décadas. Conhecida pelo tradicional pão-de-ló, a pastelaria do casal Zulmira e Aureliano Alexandre, de 72 e 74 anos, respetivamente, faz também as delícias da clientela com as famosas empadas de galinha.
A Pastelaria Castelo, no centro de Alfeizerão, é responsável por juntar famílias há três décadas. Conhecida pelo tradicional pão-de-ló, a pastelaria do casal Zulmira e Aureliano Alexandre, de 72 e 74 anos, respetivamente, faz também as delícias da clientela com as famosas empadas de galinha.
“Estávamos com intenções de abrir o nosso próprio negócio e surgiu esta oportunidade”, conta Aureliano Alexandre ao REGIÃO DE CISTER, confirmando que a casa é ponto de encontro de várias famílias de Alfeizerão, de freguesias vizinhas e até daqueles que por consequências das escolhas profissionais tiverem de se mudar para outros pontos do País. “Temos clientes de Lisboa que sempre que vêm a Alfeizerão fazem questão de vir à nossa pastelaria”, sublinha o proprietário.
Aureliano Alexandre é a cara mais conhecida do estabelecimento comercial, dado que a venda ao público é a sua tarefa. Já a mulher “comanda as tropas” na cozinha, onde são feitas as iguarias que enfeitam a montra e que fazem crescer água na boca aos clientes. “Todos os dias chego muito cedo para começar a fazer pães-de-ló e outros produtos de pastelaria”, afirma Zulmira Alexandre, recordando as encomendas que chegam de várias zonas. “Há clientes de Lisboa que nos ligam a pedir para fazer o pão-de-ló”, nota, adiantando que os fornos trabalham mediante o número de encomendas. “Primamos pelos produtos feitos no dia e por isso as pessoas já sabem que para levarem o pão-de-ló têm de encomendar com antecedência”, refere.
Na Pastelaria Castelo, os clientes são tratados pelo nome e alguns nem precisam de dizer o que querem. “Quando vejo alguns carros a chegarem já sei o que tenho de preparar”, diz Aureliano Alexandre. “Só não preparo logo os pedidos quando não vêm no mesmo carro”, brinca o comerciante.
O estabelecimento junta as famílias, mas nele também trabalha uma “família”. “Não há patrões e empregados, há uma família”, enaltece o alfeizerense, recordando o facto de Ana Santos, uma das colaboradoras, ter começado a trabalhar na pastelaria desde que as portas abriram. “Faz parte da mobília da casa”, atira.
Para o sucesso entre os fregueses e todos aqueles que ali param ocasionalmente para um café, salgado ou doce, têm sido anos de dedicação… todos os dias. Exceto 15 dias em setembro e outros tantos antes do verão, as portas abrem ao público todos os dias. “Por vezes quando chego às 7 da manhã já tenho clientes à espera”, assevera Aureliano Alexandre, justificando o facto de estarem abertos todos os dias da semana. “As pessoas sentem falta e nós também gostamos muito de abrir o nosso espaço. Os clientes precisam desta distração e nós também”, remata o proprietário, que, por regras de segurança e saúde pública, viu a lotação reduzir para 20 clientes.
Habituados a desafios, os alfeizerenses não mostram receio do futuro e fazem questão de continuar a alegrar os seus clientes. Por mais três décadas, pelo menos.