Um ano depois da inauguração das obras de requalificação e modernização do Aproveitamento Hidroagrícola da Cela, na sede da Associação de Beneficiários da Cela, a ministra da Agricultura voltou a ouvir do presidente da Câmara de Alcobaça as reivindicações sobre o projeto do regadio de Maiorga e Valado dos Frades. O pedido, desta vez, foi feito no âmbito das XIII Jornadas – Encontro do Regadio 2022 da Federação Nacional de Regantes, iniciativa que decorreu na passada segunda e terça-feira.
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“Espero que no próximo quadro comunitário haja condições para candidatar o projeto do regadio da Maiorga, para o qual já foram elaborados os estudos preliminares necessários”, afirmou o presidente da Câmara de Alcobaça, dirigindo-se à governante. “O aproveitamento da água para a rega é fundamental“, sublinhou Hermínio Rodrigues, falando ainda da criação de potenciais zonas de regadio no Vale do Baça e no eixo São Martinho do Porto-Alfeizerão, para as quais “está a ser feito um levantamento de propriedades e proprietários”.
Segundo o documento Regadio 2030, o novo regadio abrange 356 hectares nos concelhos de Alcobaça e Nazaré, beneficiará mais de 400 agricultores e tem um custo estimado de cerca de 7,8 milhões de euros. Maria do Céu Antunes nada disse em relação aos novos regadios, embora tenha considerado os temas das Jornadas “interessantes” para “aumentar a ação dos agricultores para o próximo ciclo de investimentos“.
O presidente da Associação de Beneficiários da Cela, Carlos Malhó, agradeceu “a promessa cumprida” da governante há um ano, relativa à aquisição do mobiliário da nova sede da associação. Já o presidente da Associação dos Produtores de Maçã de Alcobaça deixou o desafio em implementar uma “estratégia de comunicação e reeducação do conceito do uso de água na agricultura”, defendendo que “a água não se consome” e que “mais do que racionalizar a água é preciso racionalizar o discurso”.
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