Quarenta crianças e jovens, dos 7 aos 17 anos, aprendem na Escola de Infantes e Cadetes dos Bombeiros de Pataias, que assinalou o ano com um acampamento no espaço ajardinado do quartel, nos últimos dias de abril.
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O encontro contou com a participação de 28 dos aprendizes, que, depois de uma caminhada pela rota dos fornos de cal, puderam viver a experiência de um acampamento, com direito a fogueira, música e dança.
Em pleno funcionamento há dois anos, a Escola dos Bombeiros segue um plano pedagógico próprio e que dá, em primeiro lugar, formação cívica aos infantes. O plano é prepará-los para mais tarde, como cadetes, já estarem aptos a receber a formação operacional. “É fundamental incutir-lhes a importância do espírito de voluntariado e do trabalho em equipa”, explica Eduardo Faustino, subchefe e coordenador da Escola. “Os cadetes são preparados para a formação de estagiários”, acrescenta o operacional, para quem “não faz sentido colocar crianças a puxar mangueiras”.
O futuro está a ser preparado no quartel pataiense. E não é apenas ao nível dos recursos humanos.
A casa dos Bombeiros de Pataias precisa de ser alargada, nomeadamente ao nível das camaratas, e em especial a feminina, que já não responde às necessidades.
Há 17 anos, quando foi inaugurado, o quartel estava longe dos números atuais. “Tudo se alterou. Há mais mulheres e há mais homens”, atesta o presidente da Direção, Raul Catarino, que integrava aquele órgão social quando foi construído o atual quartel.
Além de haver atualmente mais bombeiras, 21 dos formandos da escola também são mulheres. Da mesma forma, a equipa de formadores teve de ser aumentada com mais elementos femininos. São agora dez os bombeiros com a missão de ensinar as crianças e jovens da escola. “São três anos e o último ano é o que mais vão gostar porque é quando começam a trabalhar com equipamento”, acredita o subchefe.
O 1.º período da escola decorre até 10 de junho, a tempo do início do dispositivo operacional de verão, que obriga à disponibilidade de todos os bombeiros do quartel.
As aulas são depois retomadas em outubro e terminam em dezembro. “Mesmo durante o dispositivo, procuramos convidar cadetes para passarem o dia no quartel”, refere Eduardo Faustino, para quem o balanço não podia ser mais positivo. “Eles enchem-nos de orgulho e nós aprendemos muito com eles”, refere o coordenador, que constata “grande motivação” entre os formandos. O coordenador está certo de que “muitos vão ser futuros bombeiros”.