Atualmente com cerca de 200 metros quadrados, o polo da Nazaré do For-Mar vai crescer para mais do dobro, no âmbito das obras de requalificação e ampliação, que estão previstas até março.
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A intervenção, que teve início em outubro, decorre no edifício do Porto de Abrigo, que o For-Mar ocupa desde 1988, e é visto pelo Centro de Formação Profissional das Pescas e do Mar como um “passo relevante na melhoria da formação marítima ministrada na região”, como descreve a nota pública da instituição.
Ao REGIÃO DE CISTER, o coordenador regional do For-Mar, Rui Vaz, destaca que as obras “vão permitir ter, em cinco meses, o polo totalmente requalificado e um total de 470 metros quadrados”. As obras, num total de 200 mil euros, incidem sobre as instalações já existentes, bem como no alargamento do edifício.
A par da intervenção no imóvel, a candidatura do For-Mar, a nível nacional, ao Plano de Recuperação e Resiliência significa um salto qualitativo também nos equipamentos para a formação. Dos 12 polos que o For-Mar tem no País, o da Nazaré foi o primeiro a ser intervencionado e vai ficar dotado de nova tecnologia para as aprendizagens, nomeadamente simuladores de navegação e máquinas de última geração, bem como um centro de exames, com o objetivo de aumentar a qualidade da formação ministrada aos formandos. O projeto, descreve a nota pública do For-Mar, “tem como principal objetivo proporcionar uma melhoria substancial nas instalações formativas do polo, adequando-o às novas exigências da formação e também melhorias ao nível do conforto e bem estar dos seus utentes”.
Na Nazaré, a procura é maior na formação do setor marítimo, sobretudo na área da marinha mercante, explica Rui Vaz, que destaca as ações formativas necessárias para a progressão na carreira.
O For-Mar da Nazaré é, de resto, o único do País acreditado para ministrar formação de nadadores-salvadores. É, igualmente, um centro procurado para formação na área da segurança e dos primeiros socorros e este ano foi procurado para parcerias no âmbito da formação de Português como língua de acolhimento.
Só este ano estão contabilizados quase 80 cursos, já ministrados ou a terminar até final de dezembro, o que representa um total de mais de 1.100 formandos.
Os formadores são externos e a equipa não é fixa. “A Nazaré trabalha com cerca de 35 formadores”, estima Rui Vaz.
A requalificação dos variados polos tem sido uma prioridade do For-Mar, que prevê, até ao ano de 2025, intervir em oito deles, dotando-os com “melhores instalações e equipamentos tecnológicos modernos que irão dignificar a formação marítima em Portugal”, sustenta o centro de formação em nota pública.