A valadense Lara Félix estreia-se na literatura com o livro “O que escondemos na luz”, que foi recentemente apresentado no Centro Cultural da Nazaré, no âmbito da programação da 49.ª Feira do Livro.
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Publicada há cerca de dois meses pela Cultura Editora, a obra conta a história de Lua, uma criança de 10 anos que perde os pais numa explosão na própria casa e que é também dada como morta, apesar do corpo nunca ter sido encontrado. Sol, a sua melhor amiga, entra na adolescência sem conseguir ultrapassar a perda que aconteceu de forma tão trágica e inexplicável, mas tudo pode mudar quando vai para Leiria estudar no ensino superior e conhece David. Será que a amiga de infância está realmente morta? O desfecho será conhecido ao longo na narrativa que aborda temas como o luto, a superação, a integração na universidade e a comunidade LGBTQIA+, com especial enfoque na transição de género.
“Promover a empatia e a inclusão é um dos principais objetivos deste livro que foi pensado para os jovens, mas que pode – e deve – também ser lido por encarregados de educação e outros educadores”, sublinha a escritora valadense, em declarações ao REGIÃO DE CISTER, que começou a pensar no enredo do livro há uma década, após ter perdido um familiar. Outras histórias surgiram anos mais tarde e serviram de inspiração para uma obra de ficção baseada em factos reais que começou a ser escrita em plena pandemia.
Depois de ter estado na Nazaré, em Lisboa, Leiria e no Porto, a apresentar a obra literária, Lara Félix regressa, no próximo sábado, à cidade invicta para uma sessão de autógrafos na Feira do Livro. A autora vai estar também a autografar “O que escondemos na luz” no dia 7 de setembro, na Feira do Livro de Belém, que decorre nos jardins do Palácio de Belém. A obra vai ainda ser apresentada em setembro em Torres Novas e no norte do País, com datas ainda a confirmar.
Lara Félix licenciou-se em Educação Social na Escola Superior de Educação e Ciências Sociais de Leiria, surgindo-lhe o gosto pela leitura diretamente das obras que a ajudaram, e ajudam — mas nem sempre tanto quanto o desejaria —, a compreender a complexidade das pessoas. Criou a página no Instagram @randygirlstuff em 2018, com o intuito de partilhar leituras, criatividade e boa disposição. Aos 27 anos lançou o primeiro livro, editado pela Cultura Editora.