A Casa do Povo da Calvaria de Cima assinalou 18 anos de atividade, no passado dia 16 de outubro, tendo celebrado a data no passado fim de semana com uma festa que pretendeu abrir as portas da instituição à comunidade, com o objetivo de estreitar relações. Atingida a maioridade, a Casa do Povo daquela freguesia tem agora um desejo: a expansão das infraestruturas, que, consequentemente, permitirá alargar as valências existentes.
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“O nosso objetivo a curto/médio prazo é o alargamento das nossas instalações para podermos albergar mais pessoas, uma vez que temos também um número crescente de pedidos”, começa por explicar o presidente da Direção da Casa do Povo ao REGIÃO DE CISTER. Leonel Louro diz que o processo não tem sido fácil, mas acredita que vai ser possível concretizar para bem de toda a freguesia. “A Calvaria de Cima precisa dos serviços da Casa do Povo e nós precisamos de acompanhar o crescimento demográfico local. O alargamento das instalações possibilitar-nos-ia também ter outro tipo de serviços que a comunidade necessita”, vinca.
Durante 16 anos, a instituição foi liderada pela mesma Direção, mas, apesar de todo o trabalho, nos últimos anos houve uma estagnação. “Talvez por cansaço ou saturação das pessoas envolvidas, na minha opinião, a Casa do Povo não acompanhou a evolução dos tempos e estava a ficar um pouco desajustada em relação à realidade”, desabafa o presidente, que assumiu a liderança da Direção há cerca de dois anos. “Quando chegámos, o nosso primeiro objetivo foi arrumar a casa e criar uma base sólida. Foram revistos protocolos que eram muito pouco favoráveis para a instituição, percebemos onde poderíamos reduzir despesas, fizemos um estudo de mercado e conseguimos continuar a comprar produtos de qualidade a preços mais baixos”, revela Leonel Louro.
Atualmente, a Casa do Povo da Calvaria de Cima emprega 23 funcionários e dá resposta a 31 crianças do ATL de São Jorge e 61 do ATL da Calvaria, tendo ainda 15 utentes no centro de dia e prestando apoio ao domicílio a 37 pessoas. Além disso, todas as refeições para as crianças do ATL, centro de dia e apoio domiciliário são confecionadas nas instalações da instituição. “Em média confecionamos cerca de 250 refeições por dia”, estima o dirigente.
No ano passado, a instituição submeteu uma candidatura ao Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), mais concretamente à mobilidade verde, com o intuito de receber cerca de 70% de financiamento para uma viatura elétrica que vai estar ao serviço das equipas de apoio ao domicílio.
Em dois anos, Leonel Louro considera que o primeiro objetivo está cumprido: a casa está arrumada, com as contas controladas, e pronta para os próximos passos, no sentido de aumentar a resposta social à comunidade.