O Mosteiro de Alcobaça registou 198.544 visitantes em 2024, número que significa uma redução ligeira face ao ano anterior, em que o monumento registou 200.531 visitantes, segundo a Museus e Monumentos de Portugal. É a primeira vez desde a pandemia que se regista uma descida do número de visitas. À exceção dos anos 2020, 2021 e 2022, é preciso recuar a 2015 para encontrar um número idêntico.
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No entanto, e como defende a diretora do Mosteiro ao REGIÃO DE CISTER, o “número real de visitantes do monumento é bastante superior”, havendo “cerca de quase o dobro do número de entradas pagas”, equivalente, entre outros, ao Mosteiro da Batalha. Ana Pagará esclarece ainda que “ao número de entradas pagas, há que somar cerca de mais 150 mil visitantes que optaram por visitar apenas a igreja”, que tem livre acesso.
A variação em relação ao número de visitantes é de cerca de 1% face ao ano passado, sendo, ainda assim, o segundo melhor ano no pós-pandemia, que encerrou aquele equipamento durante largos meses entre 2020 e 2021. Na última década em análise, verifica-se que o melhor ano foi registado em 2017, em que houve 260.429 visitas ao Mosteiro de Alcobaça.
Mas a jornada é contínua e, por isso, há também novidades a caminho, nomeadamente com um renovado website, que será apresentado “muito em breve”, revelou a dirigente máxima do Mosteiro.
“Estamos a trabalhar para melhorar a comunicação sobre o valor universal excecional que o monumento representa para a humanidade, o qual não se limita apenas à igreja”, salientou a historiadora, recordando que“além do programa de visitas especiais”, foi alterado o paradigma da comunicação, reforçando-se a aposta nas redes sociais.
Por seu turno, e apesar de encerrado desde 2020, o Museu Dr. Joaquim Manso, na Nazaré, recebeu 16 visitas no ano passado, segundo consta no relatório publicado pela Museus e Monumentos de Portugal E.P.E. Ao REGIÃO DE CISTER, a entidade que tutela aquele espaço museológico explicou que as mesmas foram efetuadas “no âmbito de trabalhos de investigação académica”.
Aberto ao público em 1976, na antiga casa de férias do escritor e jornalista Joaquim Manso, fundador do Diário de Lisboa, que, por sua vez, tinha sido doada ao Estado em 1968 para esse fim, pelo nazareno Amadeu Gaudêncio, o equipamento cultural oscilou no número de visitantes entre 2014 e 2019. Se em 2014, houve 19.459 visitas, volvidos cinco anos, o número reduziu significativamente para 9.437, isto depois de em 2017 ter sido atingido o valor máximo: 40.112 visitas.
Todavia, desde 2020, o espaço está encerrado, estando a decorrer uma intervenção de 1,1 milhões de euros que prevê a requalificação do edificado e do espaço museológico. A data de reabertura, garante a mesma fonte, ainda não está definida. Os Museus e Monumentos, sob gestão da Museus e Monumentos de Portugal, E.P.E., registaram em 2024 um total de 5.065.228 visitantes, resultado que “está em linha com a dinâmica que se observa desde 2022 no número de entradas nos espaços culturais nacionais”, sublinhou aquela entidade em comunicado. Em 2024, e por ter sido um ano “marcado pelo encerramento total ou parcial de vários museus e monumentos para obras de reabilitação, a maioria no âmbito do PRR”, sofreu uma ligeira descida de 1,8% no número de visitas em relação ao ano anterior, passando de 5.157.404 para 5.065.228 visitantes.