O 30.º aniversário da refundação da Santa Casa da Misericórdia de Alfeizerão motivou um dia em família, nas instalações da instituição. Um dos pontos altos foi a entrega de distinções aos sócios com 30 e 25 anos de ligação à instituição. Foram homenageados 30 sócios (dois dos quais sócios fundadores) com 30 anos e três sócios com 25 anos de associativismo a uma das “casas” mais acarinhadas da freguesia. Mas os momentos de celebração foram também de reflexão.
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Em entrevista ao REGIÃO DE CISTER, o provedor da Santa Casa da Misericórdia de Alfeizerão revelou estar em fase de “incubação” a construção de um “novo lar ou residências assistidas”, acrescentando que ainda não está definido o objetivo final para a infraestrutura, localizada num terreno anexo à Santa Casa, adquirido há vários anos para o efeito. “Gostava que daqui a 10 anos tivéssemos esse projeto concluído, mas neste momento estamos ainda a balancear se, de facto, pretendemos residências assistidas ou um projeto que possa ser submetido a apoios dos fundos comunitários”, explicou Fernando Segismundo.
A tipologia da infraestrutura ainda não está definida, mas terá capacidade para albergar pelo menos 60 pessoas, a juntar aos 80 utentes do lar, às 14 pessoas do Centro de Dia e às 23 incluídas no Serviço de Apoio Domiciliário. “Neste momento temos também necessidade de alargar a oferta do serviço de 24 horas, pelo que a nova infraestrutura será um importante apoio nesse capítulo”, salientou o provedor da Santa Casa.
À data, a Santa Casa da Misericórdia de Alfeizerão conta com 76 funcionários, contudo, notou, o recrutamento é cada vez mais difícil. “Temos um núcleo duro, mas depois também temos uma alteração constante no quadro de funcionários”, lamentou o dirigente, constatando também “alguma falta de profissionais especializados para a área”.
Além dos serviços primordiais, a instituição conta com a Universidade Sénior, que junta dezenas de “experientes estudantes” de várias zonas da região. “Temos duas salas dedicadas semanalmente à universidade sénior e estão sempre cheias”, regozijou Fernando Segismundo.
Em 2025, que marca o fim do mandato do dirigente em dezembro, a Santa Casa deverá encerrar o ano com contas a positivo, na ordem dos 60 mil euros, valor inferior aos 104 mil do ano anterior, prevendo-se também uma descida no próximo ano face ao aumento das despesas correntes.
Ainda assim, Fernando Segismundo mostrou-se satisfeito pela instituição continuar com saúde financeira positiva. E com os olhos colocados no crescimento.


