A beneditense Patrícia Azinhaga já está a chegar à Antártida. Objetivo: compreender a história de uma das zonas deste continente – as ilhas Shetland do Sul.
A beneditense Patrícia Azinhaga já está a chegar à Antártida. Objetivo: compreender a história de uma das zonas deste continente – as ilhas Shetland do Sul.
A bolseira do Centro de Ciências do Mar e do Ambiente (MARE), da Universidade de Coimbra, apaixonada pelas regiões polares e pela divulgação e educação científica, é uma das investigadores do projeto GEOPERM.
“O grande continente branco (assim como todos os outros) tem vindo a movimentar-se pelo planeta, resultado da existência de placas tectónicas, que colidem, se afastam ou simplesmente deslizam umas em relação às outras. Na verdade, a Antártida já esteve em zonas mais equatoriais com temperaturas de fazer inveja a quem gosta de praia. Um passado de vários milhões de anos. Esta história está registada nas rochas, contudo nem todos conseguem lê-la. Os geólogos são quem a consegue ler”, explica a geóloga, que deverá regressar no próximo mês de março. “Após cerca de 18 horas no ar e de três voos cheguei a Punta Arenas. Será daqui que partiremos para a Península Antártica dentro de dois dias”, escreveu a beneditense no seu blog.
Em novembro do ano passado, a beneditense esteve pela primeira vez no hemisfério sul, em Punta Arenas, no Chile. “A convite do projeto GAIA Antártica da Universidade de Magallanes, essa semana foi dedicada à educação e divulgação da ciência polar, mas também as novas ideias, futuros projectos, natureza e cultura. Para voltar diz a tradição que há que beijar o pé do Indío que se encontra na estátua de Fernão de Magalhães mas nunca pensei que o efeito fosse tão rápido”, conta Patrícia Azinhaga. Dois dias depois recebeu um telefonema com uma proposta “inesperada, impensável, irrecusável”. Voltar a Punta Arenas mas ir até ao continente branco.