A edição de 2015 do Cistermúsica quebrou todos os recordes e deu nova vida ao Mosteiro durante um mês.
A edição de 2015 do Cistermúsica quebrou todos os recordes e deu nova vida ao Mosteiro durante um mês.
No concerto de encerramento do festival, cerca de 1.200 pessoas acorreram à Nave Central do monumento para apreciar o Requiem de Mozart no concerto de encerramento, o que diz bem do sucesso do festival de música de Alcobaça.
“O País precisa de grandes festivais e o Cistermúsica é já o maior festival do País”, assegura Alexandre Delgado, que há 14 anos está ligado ao evento e este ano voltou a partilhar com Rui Morais a direção artística.
O músico e compositor destaca o “esforço incrível da equipa da Banda de Alcobaça” para levar a efeito um festival com 14 espetáculos diferentes na programação principal e com uma Rota de Cister que levou o evento a diversos monumentos cistercienses localizados nos concelhos de Lisboa, Santarém, Penacova, Arouca e São Pedro do Sul. A Europa é o próximo destino. “A Rota de Cister funcionou muito bem e é inevitável que se dê o salto internacional para levar o festival aos Mosteiros cistercienses europeus”, sublinha Alexandre Delgado.
O nível artístico do Cistermúsica mereceu os mais rasgados elogios, nomeadamente pela crítica nacional, através do jornal Público. De resto, Alexandre Delgado tem dificuldade em identificar os momentos altos do festival, por serem… tantos. “O concerto de abertura, com Carmina Burana, e o encerramento foram marcantes, porque foram das obras mais populares que já programámos. Mas tivemos alguns dos melhores concertos internacionais de sempre, como os do Gould Piano Trio e dos Les Éléments, que são de topo mundial. Mas é preciso destacar, também, o espetáculo de dança no Mosteiro, pela Academia de Dança de Alcobaça, que foi espantoso”, sustenta o diretor artístico, mencionando ainda os concertos do Duo Amal e da Orquestra Gulbenkian como duas das mais-valias do festival.
Alcobaça tem sido sinónimo de música de qualidade e, prova disso, é o facto de o grupo francês Discantus, que se exibiu no Dormitório do Mosteiro, ter gostado tanto da acústica do espaço que pretende ali gravar, no próximo mês de outubro, um CD. Assim sendo, ainda restam dúvidas sobre o que o Cistermúsica representa para a cidade e, já agora, para o País?